Embraer vende antigo caça Hunter que era usado como “avião paquera”

Antigo caça era usado pela fabricante brasileira desde 2001 para acompanhar os voos de protótipos
Antes de ser operado pela Embraer, o Hunter voou com a força aérea do Chile (Rubens Fo)
Antes de ser operado pela Embraer, o Hunter voou com a força aérea do Chile (Rubens Fo)
Antes de ser operado pela Embraer, o Hunter voou com a força aérea do Chile (Rubens Fo)
Antes de ser operado pela Embraer, o Hunter voou com a força aérea do Chile (Rubens Fo)

Terminou neste mês a relação entre a Embraer e seu “avião-paquera”, um raro caça Hawker Hunter T72. O antigo caça com matrícula civil (PP-XHH) foi vendido à Hawker Hunter Aviation, empresa do Reino Unido que oferece serviços terceirizados de treinamento e avaliações para forças armadas. O valor da negociação não foi divulgado.

Aviões paquera, também chamados de “chase planes” (“aviões de perseguição”, em inglês), são utilizados por fabricantes para acompanhar voos de testes com protótipos, prestando suporte visual ou fazendo registros fotográficos do voo. Aeronaves desse tipo também servem como alvos aéreos

A fabricante adquiriu o Hunter para essa função em 2001. Antes de ser operado pela empresa brasileira, o caça pertenceu a força aérea do Chile, que voou com o modelo em questão entre 1971 e 1995. O avião paquera ficava baseado na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP).

O Hunter é considerado um dos aviões de combate mais bonitos de todos os tempos. A aeronave desenvolvida pela extinta Hawker Siddeley voou pela primeira em 1951 e sucedeu a primeira geração de caças britânicos, composta pelos modelos Gloster Meteor e o de Havilland Venom. Em mais de 20 anos de produção foram entregues quase 2.000 caças, que voaram com mais de 20 forças aéreas, algumas até o final da década de 1990.

Aviões paquera

Outra fabricante que usa uma antiga aeronave militar como avião paquera é a Boeing, que opera dois Lockheed Martin T-33, jato também desenvolvido na década de 1950. A Airbus, por sua vez, é mais comedida nesse assunto e emprega um antigo jato executivo Aerospatiale Corvette nessa função.

O primeiro voo de teste do MAX 7 foi acompanhado por um "avião-paquera" da Boeing, um jato T-33 (Boeing)
Novo 737 MAX 7 em seu voo de estreia sendo “paquerado” pelo T-33 da Boeing  (Boeing)

Já um caso curioso é o da fabricante chinesa COMAC, que acompanha os voos de seus protótipos com um Embraer Legacy 650.

Veja mais: França aposenta últimos Mirage 2000N de ataque nuclear

5 comments
  1. O avião parque da Airbus é um Aerospatiale Corvette. Sempre aparece em primeiros voos transmitidos ao vivo, como o do A380 e A350. Não um Hawker. Vale a correção !

    Se quiser me envie seu email que lhe conto mais histórias do PP-XHH, fui piloto de Ensaios da Embraer por 15 anos.

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