British Airways substituirá seus 747 pelo Boeing 777X

Companhia aérea planeja adquirir até 42 jatos do modelo 777-9 num negócio estimado de R$ 70 bilhões
Projeção do Boeing 777-9 da British Airways: companhia britânica escolheu o bimotor para o lugar do 747 (Boeing)
Projeção do Boeing 777-9 da British Airways: companhia britânica escolheu o bimotor para o lugar do 747 (Boeing)

A British Airways decidiu substituir sua frota de aviões de longo alcance, sobretudo o Boeing 747, pelo novo 777X. Segundo a Boeing, a International Airlines Group (holding que controla a companhia aérea britânica) pretende adquirir 42 aeronaves do modelo 777-9, 18 deles encomendas firmes e 24 opções. O negócio pode atingir a cifra de US$18,6 bilhões ou cerca de R$ 70 bilhões.

Por enquanto trata-se de um compromisso de compra e por isso ainda não consta nos números oficiais de encomendas da Boeing até que seja finalizado.

“O novo 777-9 é o avião de longo curso mais econômico do mundo e trará muitos benefícios para a frota da British Airways. É o substituto ideal para o 747 e seu tamanho e alcance serão excelentes para a rede existente da companhia aérea”, afirmou Willie Walsh, executivo chefe do IAG. “Esta aeronave proporcionará mais eficiência de custos e benefícios ambientais com um custo de combustível por assento 30% inferior em comparação com o 747. Também proporciona uma experiência aprimorada para o passageiro”, completou.

Atualmente, a British Airways possui 34 Boeing 747-400 em sua frota, a maior do mundo da versão de passageiros, e planeja mantê-los voando por vários anos, ao contrário de outras companhias aéreas, que já iniciaram sua retirada de serviço. A “Rainha dos Céus”, como é chamado no exterior, acaba de completar 50 anos do seu primeiro voo, e ainda é bastante utilizado pelo mundo, porém, seus custos de operação são altos e tem inviabilizado sua utilização em muitas rotas.

Boeing 747-400 da British Airways com pintura retrô da BOAC: companhia é a maior operadora do mundo da versão de passageiros

Apresentação em março

O 777X tem se mostrado uma jogada de mestre da Boeing. Embora baseado no widebody original, introduzido nos anos 90, o novo bimotor de grande capacidade (400-425 passageiros em uma cabine de duas classes) teve seu projeto revisado para incorporar avanços tecnológicos hoje vistos no irmão mais novo, o 787.

Entre elas, estão as asas em material composto mais eficientes, motores mais econômicos, aviônicos avançados e uma cabine redesenhada que é inclusive mais larga que a do 777 de primeira geração. Além disso, o 777X terá uma inovação, as pontas das asas dobráveis, recurso que será usado para reduzir a envergadura do jato no solo a fim de evitar adaptações nos aeroportos em que operar.

Contando com o pedido do IAG, o Boeing 777X já possui 358 encomendas e cartas de intenção de oito clientes. A apresentação do novo avião ocorrerá em março e o primeiro voo, ainda em 2019. As primeiras entregas estão programadas para 2020, segundo a Boeing.

Ponta de asa dobrável do 777X: inovação foi aprovada pelo FAA (Boeing)

Veja mais: Primeiro Boeing 777X está na fase final de produção

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