Startup britânica apresenta conceito de avião comercial híbrido

Aeronave com capacidade para 18 passageiros ou cinco toneladas de carga pode chegar ao mercado em 2025
O avião híbrido-elétrico da Faradair é projetado para viagens de até 1.600 km, ideias para a aviação regional (Faradair)
O avião híbrido-elétrico da Faradair é projetado para viagens de até 1.600 km, ideias para a aviação regional (Faradair)
O avião híbrido-elétrico da Faradair é projetado para viagens de até 1.600 km, ideias para a aviação regional (Faradair)
O avião híbrido da Faradair é projetado para atuar em voos regionais de baixa densidade (Faradair)

Anunciado como o primeiro avião verdadeiramente híbrido da aviação, o Faradair BEHA (sigla em inglês para Aeronave-Bio-Híbrida-Elétrica) é um conceito com três asas que combina motores elétricos e um propulsor turbo-hélice alimentado por biocombustível. O projeto foi apresentado durante o encontro Revolution.Aero Europe 2019, em Londres, na semana passada, e segundo seus idealizadores a aeronave é desenvolvida para ser uma das mais ecológicas do mundo.

Destinado ao mercado de aeronaves leves com múltiplas funções, o conceito BEHA tem como um de seus principais objetivos reduzir as despesas gerais de uma operação aérea e minimar o efeito ambiental. De acordo com a Faradair, empresa britânica que ainda funciona como uma startup, o avião híbrido serve para voos comerciais de curta distância, missões de observação e emergência, atuar em escolas de voo, ou simplesmente como uma aeronave para uso recreativo.

A fabricante britânica pretende iniciar os primeiros voos com o protótipo já em 2022 e certificá-lo para o uso comercial até meados de 2025. O BEHA é projetado para embarcar 18 ocupantes ou cinco toneladas de carga. A Faradair ainda destaque que a aeronave construída com materiais compostos poderá ser convertida em poucos minutos para transportar cargas ou passageiros.

O plano é equipar o BEHA com motores “fans” elétricos, cada um capaz de gerar cerca de 200 hp, combinado a um turbo-hélice com mais 1.600 hp. Combinando os dois tipos de propulsão e o modelo das asas, que a Faradair chama de “triple wing-box”, o fabricante aponta que a aeronave poderá decolar e pousar em espaços curtos, exigindo pistas com apenas 300 metros de comprimento. Além disso, o BEHA também será equipado com tecnologias de recuperação de energia, como painéis solares que serão distribuídos em todas as superfícies de voo do avião.

(Faradair)
Já viu um avião tão diferente? O desenho do BEHA pode se tornar algo comum nos próximos anos (Faradair)

Segundo dados da Faradair, o avião híbrido deverá voar a velocidade de cruzeiro de 370 km/h e tem alcance estimado em cerca de 1.600 km.

“Os mercados serão abertos, uma vez que esta aeronave leve, avançada e de fibra de carbono projetará as restrições de voos noturnos e as preocupações com a poluição”, disse Neil Cloughley, diretor administrativo da Faradair. “Seu design verdadeiramente radical e futurista visa seguir os passos de outras grandes realizações da aviação, tornando-se uma aeronave revolucionária que vai ajudar a transformar a aviação como a conhecemos hoje.”

A Faradair ainda promete que seu avião será seguro. Para isso, vai incluir no BEHA um sistema de para-quedas balístico, proteção contra coleção de alta impacto inspirada em carros de Fórmula 1, e alta capacidade de planeio, que permitirá voos mais longos no caso de todos os motores falharem, situação que a empresa classifica como um “evento improvável”.

(Faradair)
O BEHA é projetado para operar em pistas pequenas, com apenas 300 metros de comprimento (Faradair)

Além desses recursos de segurança, a Faradair também planeja equipar seu avião híbrido com sistemas de controle remoto e até mesmo comandos autônomos, se alguma coisa acontecer ao piloto e ele não puder mais comandar a aeronave durante o voo.

“Esta aeronave será uma das aeronaves mais ecológicas e seguras do mundo, custando em torno de US$ 4 milhões por unidade”, diz Cloughley. “Além disso, nossa unidade de produção será igualmente focada no meio ambiente.”

Veja mais: Companhia japonesa ANA recebe seu primeiro Airbus A380

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