Emirados Árabes Unidos encomendam avião militar projetado no Brasil

Força aérea dos EAU confirma pedidos por 24 Calidus B-250, aeronave desenvolvida pela fabricante brasileira Novaer
O B-250 Bader tem autonomia de voo de 12 horas, afirma o fabricante (Divulgação)
O B-250 Bader tem autonomia de voo de 12 horas, afirma o fabricante (Divulgação)

A força aérea dos Emirados Árabes Unidos (EAU) será o primeiro cliente do B-250 Bader, avião de ataque leve desenvolvido pela fabricante brasileira Novaer com investimento da Calidus, grupo industrial de Abu Dhabi. O pedido confirmado nessa quarta-feira (20) durante Dubai Airshow inclui 24 aeronaves avaliadas em US$ 260 milhões.

Essa é a segunda vez que o B-250 marca presença da feira de aviação mais importante do Oriente Médio. Em 2017, o turbo-hélice militar foi apresentado de surpresa no evento em Dubai e chamou atenção por suas semelhanças com o Super Tucano da Embraer, o que não é mera coincidência.

O designer-chefe do projeto foi Joseph Kovács, ex-engenheiro da Embraer que teve participação fundamental no desenvolvimento do T-27 Tucano, que mais adiante deu origem ao Super Tucano. O programa B-250 foi iniciado pela Novaer em 2015 e o primeiro protótipo foi construído em apenas 24 meses, completando seu voo inaugural em junho de 2017.

O B-250 é proposto para cumprir as mesmas funções do Super Tucano: a aeronave pode atuar em missões de ataque ao solo, suporte aéreo e operações de vigilância e reconhecimento, além de também servir como plataforma de treinamento avançado.

B-250 exposto no Dubai Airshow com suas opções de armamentos (Divulgação)

A empresa árabe ressalta que aeronave é construída com “uso intensivo” de fibra de carbono, o que permite reduzir o peso do avião, obter a melhor performance do motor e facilita os processos de produção e manutenção. O B-250 é equipado com sete pontos fixos para armamentos (com capacidade de até 1.800 kg) e uma torre eletro-óptica/infravermelho pode ser montada no nariz.

A Calidus planeja construir uma fábrica na cidade de Al Ain para facilitar a produção em larga escala do B-250, que deve entrar em serviço nos EAU somente na próxima década.

Veja mais: Primeiro Airbus A380 é desmontado na França

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