Paralisação do 737 MAX será estendida até 2020

Diretor do FAA confirmou que o novo processo de certificação do 737 MAX não será concluído até o final deste ano, como previa a Boeing
(Pjs2005/Creative Commons)
Os jatos da série 737 MAX estão proibidos de voar no mundo todo desde março (Pjs2005/Creative Commons)

A nova certificação para o Boeing 737 MAX, necessária para encerrar os nove meses de paralisação mundial da aeronave, se estenderá até 2020, informou nesta quarta-feira (11) a agência de aviação civil dos EUA, o FAA (Federal Aviation Administration)

O diretor da entidade, Stephen Dickson, disse que o avião, que está aterrado em todo o mundo desde março, não será certificado para voar este ano, frustrando as esperanças da Boeing de trazer a a família MAX de volta ao ar em 2019, conforme era previsto anteriormente.

“Se você fizer as contas, isso se estenderá para 2020”, disse Dickson à rede CNBC, antes de testemunhar perante uma audiência do congresso em Washington. “Vamos fazer isso diligentemente porque a segurança é absolutamente nossa prioridade neste avião.”

O novo atraso na liberação do 737 MAX fez as ações da Boeing caírem 0,8% nesta quarta-feira, alcançando 345 dólares.

A Boeing disse em 11 de novembro que esperava a aprovação do FAA sobre o redesenho do 737 MAX até o final deste ano e redigisse novos padrões de treinamento para o avião a partir de janeiro. Sendo assim, a volta do avião ao serviço deverá demorar ainda mais, pois as companhias aéreas ainda levarão semanas ou até meses para preparar o retorno de suas frotas aos voos comerciais.

Dickson teceu seus comentários sobre a continuação do aterramento da aeronave horas antes de seu depoimento ao Comitê de Transporte e Infraestrutura dos EUA. Está será a quinta audiência sobre o avião da Boeing e provavelmente chamará a atenção para os erros do FAA em sua certificação inicial do 737 MAX.

O comitê, que interrogou o presidente da Boeing, Dennis Muilenburg, em 30 de outubro, está focando sua atenção para a forma como a FAA certificou o avião com um sistema de controle de voo problemático.

O mal funcionado no sistema MCAS (Sistema de Ampliação de Características de Manobra) é apontado por investigadores como o principal responsável pelos dois acidentes fatais com o 737 MAX entre outubro de 2018 e março deste ano e que mataram 346 pessoas.

Veja mais: Delta Air Lines encerra participação na Gol

2 comments
  1. Corrijam a manchete!! Nao é que o 737 teve o seu grounding extendido… simplesmente a Boeing ainda nao conseguiu provar às autoridades certificadoras que o aviao é seguro para voar!! Uma coisa mais… Marco/Abril é nos EUA, dúvido que na Europa ele esteje voando antes de Maio/Junho!!

  2. Excelente, Natale e digo mais do que foi exposto ontem que a FAA sabia de tudo isso anteriormente, óbvio que a tal Boeing sabia muito mais. Aposto que esta compra da Embraer foi motivada pelos problemas do MAX

Comments are closed.

Previous Post

Primeiro avião comercial elétrico do mundo realiza voo inaugural no Canadá

Next Post

São Paulo ganha voo direto para Montreal nesta quarta-feira

Related Posts