Chineses no lugar da Boeing como sócios da Embraer?

Segundo analistas ouvidos por jornal, hipótese poderia ser uma saída caso a joint venture com a Boeing naufrague
O E190-E2 estreou na aviação comercial em abril de 2018 (Embraer)
Incertezas trazidas pelo coronavírus podem comprometer joint venture entre a Embraer e a Boeing (Embraer)
O E190-E2 estreou na aviação comercial em abril de 2018 (Embraer)
Incertezas trazidas pelo coronavírus podem comprometer joint venture entre a Embraer e a Boeing (Embraer)

O cenário cada vez mais adverso para a indústria aeroespacial tem feito aumentar o ceticismo a respeito da joint venture entre Boeing e Embraer. O acordo de US$ 4,2 bilhões (mais de R$ 22 bilhões em valores atuais, fechado em julho de 2018, ainda está pendente por conta da Comissão Europeia, que avalia se a união dos dois fabricantes pode concentrar ainda mais o mercado de aviões comerciais. A crise do coronavírus, no entanto, mudou o foco das duas empresas que precisam lutar para sobreviver em meio a cortes em encomendas e a paralisação de suas fábricas.

Para a Boeing o quadro é ainda mais grave já que a fabricante vive uma crise prolongada, desde que o 737 Max, sua aeronave mais vendida, foi proibido de voar por questões de segurança. Desde então, a empresa dos EUA tenta emergir, mas parece cada vez mais afundada em problemas e desconfianças de que seus aviões já não exibem a mesma confiabilidade do passado.

Ao pleitear uma ajuda bilionária do governo dos EUA, a Boeing se encontra numa situação delicada para investir tanto dinheiro na empresa brasileira que, a despeito de abrir um novo segmento para os norte-americanos, perdeu muito de seu valor de mercado desde então, hoje calculado em um terço de quando assinou o acordo.

As saídas, segundo analistas ouvidos pelo jornal O Estado de São Paulo, seriam postergar a conclusão do acordo ou, caso ele acabe desfeito, solicitar ajuda ao governo brasileiro. Mas é a última hipótese que chama a atenção, a venda para os chineses.

Como se sabe, a indústria de aviação chinesa tem feito enormes investimentos para entrar na competição com Boeing e Airbus. A face mais visível desse esforço é o jato C919, da estatal COMAC, equivalente ao A320 e 737, mas que tem passado por vários problemas em seu desenvolvimento.

Faltam aos chineses justamente a experiência e capacidade da Embraer além do que a linha de jatos brasileira seria complementar ao C919. O suposto acordo abriria as portas do desejado mercado chinês ao mesmo tempo em que a Embraer daria respaldo ao jato da COMAC em outras partes do mundo.

De volta

Obviamente, essa possibilidade é hoje apenas um devaneio e certamente Boeing e Embraer refutam qualquer cenário que não o de levar o acordo em frente. No entanto, a dinâmica do mercado, de tão imprevísivel, ainda deve provocar profundas mudanças na aviação comercial.

Para a Embraer, seria o retorno em grande estilo à China, onde teve uma joint venture com a empresa AVIC por 13 anos e que foi encerrada em 2016 após montar localmente jatos ERJ-145 e Legacy. Na época, o argumento para o fim da parceria foram os altos custos de produção na China, que ironicamente tornavam os aviões mais caros que os produzidos no Brasil.

A Embraer até cogitou montar seus E-Jets na China, mas o governo do país viu nessa ação uma concorrência direta para o ARJ21, primeiro jato comercial chinês, fabricado pela COMAC.

A Embraer manteve uma parceria com a chinesa AVIC por 13 anos para fabricar o ERJ-145 e o Legacy (AVIC)

Veja também: Gastos da Boeing na aviação comercial custam uma Embraer por mês

27 comments
  1. Não podemos deixar estes chineses comunistas apoderar de nossas tecnologias através da EMBRAER, fora daqui COMUNISTAS.

  2. Quando não se tem o que fazer,fica se procurando o que escrever, e sai qq coisa que vier à cabeça. Mesma as mais idiotas

  3. Por favor nao para estes crapulas , tudo menos os comunisras isto e uma desonra para o povo Brasikeiro

  4. Em minha opinião de leigo, o único motivo da compra da Embraer pela Boeing é evitar uma provável concorrência futura na linha comercial de jatos médios, que já vinha sendo o filão mais crescente do mercado, antes da pandemia e, provavelmente, será o maior filão depois dela.
    A saída da China em 2016 foi muito estranha, como deixa entender o autor.
    Sair do mercado mais promissor do mundo é, no mínimo, estranho. Logo depois, aceita um “casamento” muito pouco vantajoso para a Empresa, mais esquisito ainda.
    Há algo muito estranho nessa “união” , que na prática retira do jogo a única empresa ocidental que tinha condições, em um futuro próximo, de concorrer com a própria Boeing e Airbus.

  5. Srs, Deixemos de lado essa visão se comunistas ou não, estamos numa era de temos para jantar sentarmos na mesa todos juntos esquecendo totalmente de nossas ideologias. Todos têm fome! Não sejamos atrasados, por favor.

  6. Até hoje não entendi porque o percentual da Boeing tem que ser 80%. Não poderia ser um percentual um menor? Porque não negociam esse valor?

  7. Na minha opinião, acho que tanto a Embraer quanto a Boeing, devem postergar a concretização final do contrato, até que a situação do mercado venha favorecer a ambos, quanto a pandemia, que também “ao certo” é provavelmente, ainda “incerto” para os chineses, creio.

  8. Dará certo pós-bolsonarismo. Durante as trevas politizarão o acordo de forma a tornar-se inviável.

  9. Esses chineses vão comprar o mundial agora.
    Primeiro o império romano
    Segundo Hitler
    Agora império chinês
    O mundo tem que isolar essa raça Produtora de vírus.

  10. Será ótimo para o nosso país, desde que a Embraer tenha o controle majoritário nesse acordo.

  11. Depois de injetarem o coronavirus no mundo as empresas acumularam perdas enormes e com isto abriu espaço para os comunas da china comprarem estás a preços baixíssimo

  12. Engraçado que quando da Airbus, na qual entre outros, os governos da Alemanha e da França são acionistas comprou o programa CsSeries por 1 dólar tava tudo ok.
    Agora que a concorrência quer fechar uma fusão justa a UE fica criando empecilhos.

  13. Enquanto muitos ainda tiverem pânico de comunista não sairemos do lugar e a Embraer poxe até falir.

  14. A Embraer tem ser alto independente sem acordo com nenhuma. Empresa tem capacidade pra bate de frente com a gigante americana e francesa

  15. Acorda senhores q apoiam,alienígenas,q invadem o planeta atrás de recursos! E depois q acaba vão embora! Não e confiável!

  16. Só faltava essa! O mundo deveria segurar as pontas e não negociar com esses chineses. Eles já tentaram ferrar o mundo inteiro com os seus vírus por conta da ganância de se tornarem a maior economia mundial. Espero que haja o efeito contrário e se afundem num mar de lamas.

  17. A China está em crescimento e deve liderar o mundo já a partir deste ano. Um bom acordo, que favoreça a manutenção da Embraer e seus EMPREGOS é o principal.

  18. A Embraer, associando-se a estatal chinesa pode ser interessante ,na medida que o parque industrial da Embraer se mantenha no Brasil preservando aqui os EMPREGOS.

  19. O presidente e as forças armadas não podem aceitar que mais companhia chinesas compre mais ações ou entrem em parceria com as nossas empresas brasileiras!
    Já chega de companhia chinesas no Brasil,agora temos que tentarmos recuperar as empresas que os chineses compraram aqui no Brasil…

  20. Muito bem lembrado na msg anterior desde que a Embraer sempre seja a majoritária e que mantenha o nível de mão de obra toda Nacional. Esses caras são muito suspeitos.

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