Boeing dobra capacidade de armas do caça F-15 em nova versão

Programa de atualização “2040C” vai permitir instalar até 16 mísseis no principal caça dos EUA
Vai encarar? Projeção de Boeing com o F-15 "2040C" armado com 16 mísseis (Boeing)
Vai encarar? Projeção de Boeing com o F-15 “2040C” armado com 16 mísseis (Boeing)
Vai encarar? Projeção de Boeing com o F-15 "2040C" armado com 16 mísseis (Boeing)
Vai encarar? Projeção da Boeing com o caça F-15 “2040C” modernizado e armado com 16 mísseis (Boeing)

A Boeing apresentou nesta semana um programa de atualização revolucionário para o caça-bombardeiro F-15 Eagle, atualmente a principal aeronave de defesa e ataque da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Chamada pelo fabricante de “2040C”, a nova versão é proposta com radar e sensores mais avançados e cabides de armas nas asas adaptados para carregar até 16 mísseis, o dobro da capacidade atual do F-15 em serviço.

O pacote de novos componentes também contém um importante sistema data-link capaz de conectar o F-15 ao moderno F-22 Raptor para trocar e gravar informações durante voos e missões de combate. Até então, os caças “conversam” por meio de softwares adaptados.

O conceito da Boeing para atualizar o F-15 ainda tem tanques de combustível descartáveis maiores, o que pode aumentar a autonomia da aeronave, atualmente em cerca de 2.000 km sem reabastecimento em voo.

O nome “2040C” indica o ano em que o F-15 atualizado poderá ser aposentado, em 2040, e o “C” é uma referência ao F-15C, versão do caça proposta pela Boeing para ser modernizada. Além dos EUA, a fabricante norte-americana também ofereceu o pacote de atualizações para o Japão, Israel, Coreia do Sul e Árabia Saudita, que são os outros usuários do Eagle.

Os valores do projeto não foram revelados publicamente.

F-15 Eagle

Projetado pela McDonnel Douglas (que depois foi absorvida pela Boeing) na década de 1970, o F-15 já é um caça veterano, mas suas capacidades e eficiência compravadas ainda o mantém em serviço ativo na primeira linha, mesmo com a introdução do F-22, criado justamente para substituí-lo. O aparelho é atualmente a aeronave norte-americana em operação com o maior número de vitórias em combates aéreos, com mais de 50 abates, a maioria na Guerra do Golfo no Iraque, em 1991.

O F-15 pode voar a mais de 30.000 metros de altitude e passar dos 2.600 km/h (Divulgação)
O F-15 pode voar a mais de 30.000 metros de altitude e passar dos 2.600 km/h (Divulgação)

A USAF conta atualmente com 159 modelos F-15C e outros 34 exemplares da versão D, versões configuradas apenas para combate aéreo. Para missões de bombardeio, os força aérea dos EUA tem a disposição outras 219 unidades do F-15 ‘Strike Eagle’, capaz de levar até oito toneladas de bombas, inclusive artefatos guiados a laser. Além disso, o caça ainda possui armas especiais para atacar satélites no espaço e também pode lançar uma bomba nuclear.

Por quase 30 anos, o F-15 deteve uma série de recordes, principalmente de velocidade de subida e altitude. A aeronave, em configuração limpa, pode decolar como um foguete e alcançar 30.000 metros de altitude em apenas três minutos e meio. Já a velocidade máxima do aparelho gira em torno de 2.500 km/h.

Uma das maiores vantagens do F-15 é o seu radar capaz de detectar alvos a 150 km combinado ao sistema de mísseis de médio e longo alcance. Esse recurso permite atacar um inimigo antes mesmo dele detectar o Eagle. Apesar da idade, ainda é um caça a ser temido.

Veja mais: A era dos caças supermanobráveis 

5 comments
  1. Interessante. A plataforma é tão boa que aind atem espaço para crescimento. Contudo, precisariam atualizar os aviônicos, pois o F-15 C aind atem aquela cara de anos 70. No mais, um dos meus preferidos.

  2. Como assim possui armas especiais para atacar satélites no espaço ?
    Um avião não tem condições de chegar nem perto de um satelite.

  3. @Emerson:
    Mísseis anti-satélite já foram testados e provados a partir de lançamento de solo.
    Lançar um míssel à altura e velocidade que o F-15 alcança então é bem mais econômico para um míssel do que lançamento estático a partir do solo, pois economiza combustível e aumenta distância.
    Já há até um projeto da DARPA de lançar satélites a partir de um F-15, justamente para economizar dinheiro, já que um lançador puro (um grande foguete) é bem mais caro, perigoso, e requer meses de planejamento.

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