Força Aérea dos EUA rebatizará bombardeiros atualizados como B-52J

Veterana aeronave “Stratofortress” está passando pelo maior programa de atualização de sua história, graças à incorporação de motores Rolls Royce F130 e um novo radar AESA
Imagem mostra como ficará o B-52J com os novos motores
Imagem mostra como ficará o B-52J com os novos motores (USAF)

A Força Aérea dos EUA (USAF) chamará os bombardeiros Boeing Stratorfortress como B-52J após a atualização que trocará seus motores Pratt & Whitney TF-33 pelos F130 fornecidos pela Rolls Royce.

A designação foi confirmada por documentos do orçamento fiscal de 2024, segundo a Air and Space Fortes Magazine.

Até então, havia um entendimento que a USAF rebatizaria o “Buff”, como é conhecido o bombardeiro, como B-52J após a instalação do radar AESA AN/APG-79, da Raytheon, além de novos sistemas de navegação e comunicação.

Com a troca dos oito motores, o veterano jato da Boeing voltaria a ter uma nova denominação – B-52K -, mas a proposta acabou negada.

“Qualquer aeronave B-52H modificada com os novos motores comerciais e subsistemas associados é designada como B-52J”, explicou a USAF no orçamento de 2024.

Motores F130 sendo testados (RR)

Operacional por volta de 2030

A Força Aérea dos EUA está realizando a maior atualização tecnológica do B-52 em seus 61 anos em serviço. A aeronave, que está operacional desde 1955, teve o último exemplar entregue em 1963 e desde então passou por vários aperfeiçoamentos, mas de pequena extensão.

A despeito da idade avançada, o B-52 continua a ser uma plataforma bastante capaz, mas esbarrava nos antigos motores TF-33, que alto consumo de combustível. A solução foi buscar um turbofan civil que pudesse ser adaptado aos suportes do Boeing.

Bombardeiros B-52H (USAF)

A Rolls-Royce foi a vencedora do programa e já testa em solo a versão militar do BR725, um motor que equipa jatos executivos.

O primeiro lote de B-52J deve ser entregue entre 2026 e 2027 e passar por extensivos testes antes de serem declarados operacionais, por volta de 2030. A expectativa é que aeronave complete um século em serviço.

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