Projeto anti-míssil hipersônico dos EUA avança com novo contrato com a Boeing

Desenvolvido pela agência DARPA, programa “Glide Breaker” pretende implantar veículo interceptador capaz de destruir armas hipersônicas em voo
O projeto Glide Breaker quer ser capaz de destruir armas hipersônicas (DARPA)

O desenvolvimento de armas hipersônicas pela Rússia e a China tem motivado o Pentágono a acelerar as pesquisas em busca de um sistema capaz de interceptar esse tipo de armamento, considerado difícil de ser contido.

A DARPA (Agência de projetos de pesquisa avançada de defesa) está avançando com o programo Glide Breaker (algo como destruido de planeio), que deve dar origem a uma tecnologia a ser empregada em defesas anti-mísseis.

Até aqui o projeto já atingiu achamada Fase 1, quando a Northrop Grumman e a Aerojet trabalharam no desenvolvimento de um sistema de desvio e controle de atitude (DACS), necessário para conseguir acompanhar um alvo extremamente rápido.

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Agora o Glide Breaker entrará na Fase 2 que prevê estudos sobre o sistema de propulsão do interceptador. A Boeing foi escolhida para essa tarefa, em um projeto de quatro anos que envolverá análises computacionais de dinâmica de fluidos, testes em túnel de vento e avaliação dos efeitos da interação aerodinâmica do jato durante os testes de voo.

A Rússia diz que colocou o míssil hipersônico Avangard em operação alguns anos atrás (MoD)

“Os veículos hipersônicos estão entre as ameaças mais perigosas e de rápida evolução que a segurança nacional enfrenta”, disse Gil Griffin, diretor executivo da Boeing Phantom Works Advanced Weapons. “Estamos nos concentrando no conhecimento tecnológico necessário para desenvolver ainda mais as capacidades anti-hipersônicas de nossa nação e para nos defendermos de ameaças futuras.”

Além da Boeing, o DARPA tem dois contratos principais com a Northrop Grumman e a Raytheon para desenvolver o veículo interceptador. O governo dos EUA trabalha com um cenário de operação inicial em 2035.

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Ataques na Ucrânia

As armas hipersônicas ainda estão em uma fase inicial de desenvolvimento, com vários tipos de tecnologia empregada, que vão de mísseis com propulsão por propelente sólido, como o russo Kinzhal, aos modelos Scramjet (que utilizam o ar extremamente quente e comprimido nas altas velocidades) e os veículos planadores hipersônicos.

Em comum, eles viajam em velocidades elevadíssimas, alguns deles capazes de atingir 20 ou mais vezes a velocidade do som. Apenas a Rússia afirma ter um armamento operacional, o Avangard.

 

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