Airbus pode construir jatos com cabines desmontáveis

Ideia pode reduzir o tempo de embarque de passageiros e manter os aviões voando por mais tempo; projeto, porém, requer uma revolução na aviação comercial

O avião chega no aeroporto, a cabine com os passageiros é desencaixa e em seguida outra é instalada (USPTO/Airbus)

O avião chega, a cabine com os passageiros é desencaixada e em seguida outra é instalada (USPTO/Airbus)

Depois que todos os passageiros desembarcam da cabine começa uma corrida para preparar a aeronave para o próximo voo. É preciso higienizar os toaletes, recolher o lixo deixado nos assentos, recarregar os compartimentos de alimentos e bebidas e uma boa varrida no corredor. Após todos esses processos, o avião enfim está pronto para decolar novamente.

Os engenheiros da Airbus tiveram uma ideia um tanto maluca para agilizar os processos de embarque e desembarque nos aviões: cabines de passageiros que desencaixam do avião.

Após parar nas pontes de embarque e desembarque, um guindaste móvel retira a cabine do avião como se fosse um contêiner e a envia para a área onde os passageiros desembarcam. Momentos após a retirada, uma segunda cabine já com novos ocupantes é rapidamente “plugada” na mesma aeronave, que pode ser liberada para decolar novamente logo depois de pousar.

A ideia da Airbus, que foi até patenteada, pode funcionar na prática, mas exigiria não só uma revolução no design das aeronaves como também nos aeroportos, que teriam de adaptar sua estrutura ao método de encaixe e desencaixe de cabines de passageiros.

A estranha patente da Airbus, se um dia adotada, tem como objetivo manter os aviões voando pelo maior tempo possível, o que para as companhias aéreas significa mais dinheiro.

Veja mais: Engenheiro ucraniano propõe aviões comerciais com cápsula de fuga

3 comments
  1. Legal a ideia.. só que fica uma pergunta: E a bagagem? E o combustível?

    Quando um avião chega, a bagagem tem que ser retirada e uma nova bagagem tem que ser alojada e, também, o Avião precisa ser reabastecido.

    O problema da logística não se limita aos passageiros.. o tempo necessário para reabastecer e trocar a bagagem não é muito maior que o tempo necessário para que a cabine sofra o processo de limpeza e ajustes e os passageiros sejam alocados.

    O tempo de deslocamento da cabine móvel e o processo para garantir que o encaixe está perfeito (ninguém vai querer que isso desencaixe em pleno voo) vai consumir um tempo significativo também. Não dá pra mover uma cabine cheio de gente com uma velocidade muito grande… seria extremamente desconfortável.. já o encaixe teria que ser feito em uma velocidade muito reduzida, visto que impactos entre a cabine e o console do avião podem afetar a estrutura.

    O ganho de tempo por uma cabine destacável não me parece significativa.. a única vantagem que vejo é pelo fato do embarque ser feito com mais calma e com mais antecedência.. só não sei dizer se os passageiros iriam gostar dessa “antecedência”.

    Agora.. uma vantagem é inegável.. em caso de queda iminente, o piloto ejeta a cabine que, suportada por paraquedas, pousa suavemente no chão ou no mar (naturalmente, se ela estiver preparada para flutuar)

    Vejo uma ganho maior em segurança de voo do que na operação da aeronave.

  2. Bagagem e combustível, ambos com o container de passageiros. Containers marítimos levam sua própria carga de ar condicionado e diesel.

  3. Engraçado…
    Projeto da “AirBus” só que o avião é um Boeing 787 ¯\_(ツ)_/¯
    O conceito apresentado ai é como o do avião que tem 2 fuselagens(interna e externa (a interna pode ser”solta” com o avião voando em caso de acidente) é como o Lito (Canal Aviões e músicas) disse “Quem daria garantia que isso vai funcionar? E se algo falhar?” além disso que as principais afiações da aeronave passam pela parte central e lateral da fuselagem (cabos de comando tbm e etc;)para onde isso seria movido?
    Prefiro o nosso modelo padrão de avião mesmo já é seguro,eficiente e confiável. Fazer isso só seria fazer merda!

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