Força Aérea dos EUA já mira caça de 6ª geração mais barato que F-35

Secretário da USAF Frank Kendall disse em 16 de setembro que programas NGAD, NGAS (avião-tanque furtivo) e os drones CCA estão sendo revistos
Concepção artística de um caça de sexta geração (Boeing)

A Força Aérea dos EUA (USAF) está mudando profundamente os requisitos para um novo caça de 6ª geração que substituirá o F-22 Raptor.

Na nova visão, o programa Next Generation Air Dominance (NGAD) pode dar origem a uma aeronave menor, mais simples e sobretudo barata.

Falando durante uma conferência da Air & Space Forces Association (AFA) em 16 de setembro, o secretário da USAF, Frank Kendall, reconheceu que não só o NGAD mas o NGAS (Next-Generation Air-refuelling System) e os CCAs (Collaborative Combat Aircraft) estão passando por revisão em seus requerimentos.

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Segundo Kendall, o novo caça de superioridade aérea deverá custar menos que o F-35, que tem um preço entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões.

Representação gráfica de como seria um avião-tanque furtivo reabastecendo caças F-22 e F-35 (Lockheed Martin)

Para atender um possível limite de custo, a Força Aérea poderá tornar o NGAD um caça monomotor e apostar no NGAS para proporcionar maior alcance.

O programa de desenvolvimento de uma aeronave de reabastecimento aéreo furtiva tem ganhado espaço na USAF em vista do cenário de batalha cada vez mais perigoso.

Para viabilizar a alternativa, será preciso abandonar a conversão de jatos comerciais para esse fim e projetar uma avião do zero.

Os CCAs, drones de combate colaborativos, deverão ganhar importância nas missões, assumindo papeis que antes caberiam a aeronaves tripuladas.

O XQ-67 CAA, da General Atomics
O XQ-67 CAA, da General Atomics

Até meses atrás, a Força Aérea dos EUA planejava anunciar um contrato para produzir o caça de 6º geração em 2024, mas as lições vistas na guerra entre Ucrânia e Rússia motivaram uma pausa para avaliar o novo cenário.

Ainda assim, Frank Kendall disse que pretende que a nova proposta seja lançada em breve para que possa entrar no Orçamento de Defesa de 2026.

A Força Aérea chegou a construir um protótipo de um caça avançado que voou tempos atrás. Até hoje a aeronave não foi vista e nem se sabe quem a construiu.

No entanto, o projeto teve amplo uso de ferramentas digitais para acelerar seu desenvolvimento. Acredita-se que apenas a Boeing e a Lockheed Martin estejam disputando o NGAD.

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