Milagre nos céus

Casos espetaculares de aviões que, mesmo em situações extremas, conseguiram pousar em segurança
Boeing 737 da Aloha: pânico a céu aberto
Boeing 737 da Aloha: pânico a céu aberto

As leis que regem o voo são um tanto quanto rígidas e quebrá-las normalmente significa um acidente em potencial. Mas há casos na história que contrariam essa lógica. Aviões que, mesmo perdendo partes importantes continuaram voando, na sua maioria, por mérito de uma tripulação bem treinada e focada. Verdadeiros heróis anônimos.

Airway relembra a seguir cinco casos emblemáticos que mostram como o impossível também pode acontecer quando estamos nos céus.

Pousando sem a cauda

Um dos casos mais curiosos de perda de partes móveis de um avião ocorreu em janeiro de 1964 com um bombardeiro B-52, um dos ícones da Guerra Fria. Num voo de teste no estado do Novo México, a tripulação, formada por profissionais da Boeing, testava a versão H do jato, a mais moderna na época.

A ideia era testar o jato em baixas altitudes numa mudança na forma que as missões do avião ocorreriam dali em diante. Após encerrar os testes, o B-52 subiu para cerca de 4 mil metros e encontrou uma forte turbulência que quebrou a cauda quase na sua base. Sem ela, o controle do eixo vertical do avião é quase impossível, além de prejudicar a estabilidade do aparelho.

Pois a tripulação da Boeing conseguiu manter o avião em voo até o pouso seguro realizado 6 horas depois. Para isso foi preciso mudar o centro de gravidade do jato e alterar algumas configurações a fim de dar aos pilotos algum controle.

O bombardeiro B-52 com o leme partido: operação de seis horas para pousar em segurança
O bombardeiro B-52 com o leme partido: operação de seis horas para pousar em segurança (USAF)

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11 comments
  1. Está faltando acidente ocorrido com 747 da United próximo ao Japão, que perdeu, também, parte do revestimento da fuselagem próximo ao nariz.

  2. Uma pergunta, por acaso o “737 conversível” não foi aquele que teve sua história contada no Filme “Voo 243 Pouso de emergência”??

  3. Por favor, pesquisem isso direito antes de publicarem! O voo 243 da Aloha Airlines não saiu de Honolulu para Maui. Saiu de Hilo, na Ilha Grande do Havaí, para Honolulu. Maui fica no meio do caminho dessa rota e era o aeroporto mais próximo quando ocorreu a ruptura da fuselagem, daí ter sido o local do pouso de emergência. E embora o avião tenha sofrido danos enormes, os motores estavam intactos, exceto por alguns arranhões e amassados na parte da frente das naceles, que não afetavam o funcionamento. Portanto, os dois motores estavam funcionando, mas mesmo que um deles realmente não estivesse, um 737 pode voar perfeitamente bem assim, e conseguir pousar “mesmo com apenas um motor funcionando” não tem nada de extraordinário.

  4. Prezado Goyta
    O extraordinario nao foi o pouso monomotor do 737 mas sim o fato da ruptura de parte da fuselagem e ter havido somente uma morte , concordo contigo que pousar monomotor nao tem nada de excepcional fazemos isso nos simuladores …. mas ter perda daquela parte superior e ainda pousar , isso sim foi excepcional .

  5. No voo da Aloha, que eu me lembre, além da comissária, uma fileira de cadeiras caiu para fora do avião, levando consigo os passageiros…

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