A festa que celebraria o recebimento dos primeiros caças F-35A da Força Aérea Belga no fim deste ano foi cancelada. O governo em Bruxelas decidiu não aceitar as duas primeiras aeronaves da Lockheed Martin que seriam entregues à Força Aérea Belga em dezembro por conta de atrasos na introdução de novos sistemas eletrônicos no jato de combate.
De acordo com o VRT NWS, a entrega dos primeiros caças de quinta geração ao comando belga deve ser adiada por seis meses. As duas primeiras aeronaves do tipo destinadas a Bélgica entrarão na linha de montagem final da Lockheed Martin nos Estados Unidos nas próximas semanas e a conclusão dos aparelhos é programada para dezembro, informou a página.
“Com base no cronograma atual, o hardware estará pronto até dezembro de 2023”, disse o Ministério da Defesa Belga em resposta ao portal local. “A certificação e qualificação do software e a entrega final da aeronave dependem dos resultados da campanha de testes e estão atualmente estimados para o segundo trimestre de 2024”, acrescentou.
Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
A Bélgica confirmou a compra de 34 exemplares do F-35A em 2018 para substituir a frota de caças F-16, que voam no país desde 1979. O jato da Lockheed Martin foi o vencedor na disputa contra o Eurofighter Typhoon e o Dassault Rafale.
O atraso no recebimento dos primeiros F-35A ocorre por uma questão contratual, no qual a Bélgica estipula que os aviões devem ser entregues na configuração mais recente e moderna existente. Atualmente, a Lockheed Martin está desenvolvendo uma importante atualização de hardware e software para a aeronave.
A versão reformulada do F-35A ainda em desenvolvimento é conhecida como “Tech Refresh 3”. A atualização inclui computadores de bordo mais avançados e novas telas no painel para implementar uma série de recursos adicionais à aeronave, como novas armas, sistemas de guerra eletrônica aprimorados, entre outros.
Com a demora na entrega dos caças, o treinamento dos pilotos belgas nos EUA deve começar mais tarde do que o programado, prevê o portal belga. O ministério da defesa do país, porém, não demonstrou preocupação com essa possibilidade. “Se o atraso for limitado a alguns meses, terá pouco ou nenhum impacto no eventual acúmulo operacional gradual”, tranquilizou a instituição.
A despeito da entrega dos primeiros F-35A a Bélgica ser reprogramada para 2024, a força aérea do país deve atingir a capacidade operacional total das aeronaves somente em 2030.