A Mexicana de Aviación completou um ano de operações no final de dezembro, com mais de 380 mil passageiros transportados, o que seria um motivo de celebração não fossem algumas dificuldades que surgiram.
A empresa aérea estatal resgatada da falência pelo governo do ex-presidente Andrés Manuel López Obrador tem acumulado dívidas além de reduzir sua malha de voos recentemente.
Em 6 de janeiro, a Mexicana anunciou a suspensão de voos para oito destinos no país, entre eles Acapulco, Campeche, Guadalajara, Ixtapa, Nuevo Laredo, Puerto Vallarta.
A razão foi o fim do contrato de arrendamento de quatro jatos regionais Embraer ERJ 145 da companhia aérea regional TAR, que reforçavam sua operação.
20 jatos Embraer encomendados
Com apenas três Boeing 737-800 repassados pela Força Aérea Mexicana, a companhia teve de focar em algumas rotas enquanto a espera a chegada dos 20 jatos E2, encomendados junto à Embraer.
A primeira das modernas aeronaves tem previsão de ser entregue em maio e outras quatro deverão ser recebidas em 2025.
À imprensa local, a sucessora de Obrado, Claudia Sheinbaum, negou que haja uma crise financeira na Mexicana, cujos diretores estariam desenhando um novo plano de negócios para os próximos anos.
A Mexicana foi relançada em agosto de 2023 após o governo arrematar o espólio da companhia aérea que faliu em 2010. O plano da administração de esquerda é oferecer voos mais baratos que as transportadoras privadas.
Após encontrar dificuldades para alugar jatos Boeing 737, a Mexicana fechou um acordo para 10 E190-E2 e 10 E195-E2 com a Embraer em junho de 2024.