Um balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) apontou que houve uma redução de 16,3% nas ocorrências de colisões de aves com aviões da aviação regular brasileira no ano passado comparado a 2021. Os dados foram compilados com base em informações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
De acordo com a ABEAR, no ano passado foram registrados 2.294 “bird strikes”, como são chamados esses incidentes em inglês. Relacionando com movimentos (pousos e decolagens) de aeronaves, a quantidade de ocorrências foi de 17,7 eventos a cada 10 mil voos. Em 2021, essa taxa foi de 20,8.
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De acordo com o diretor de Segurança e Operações de Voo da ABEAR, Ruy Amparo, a redução das colisões de pássaros com aviões foi resultado do trabalho conjunto com alguns aeroportos, sobretudo o de Congonhas, que remanejaram aves que haviam se proliferado nas dependências aeroportuárias durante o pico da pandemia de Covid-19, quando o tráfego aéreo no Brasil desabou.
“A severa redução das operações de pousos e decolagens no auge da pandemia fez com que populações de alguns tipos de aves que costumam habitar o entorno dos sítios aeroportuários começassem a se proliferar, já que havia poucos voos e a presença do avião naturalmente afastava esses tipos de pássaros”, afirma Amparo.
Redução do bird strike
A despeito da recente redução de bird strikes no Brasil, por meio de ações de manejo de fauna, o gerenciamento do entorno dos aeroportos ainda preocupa os especialistas, diz a ABEAR.
A associação que reúne as principais companhias aéreas do Brasil (com exceção da Azul Linhas Aéreas) afirma que é necessário regulamentar a atuação das prefeituras para promoverem ações que afastem o risco aviário.
“A regulamentação é fundamental para que as prefeituras possam atuar mais efetivamente para o controle ambiental, como, por exemplo, definindo locais para aterros sanitários, barragens e empresas de criação e corte de animais que são atrativos para os pássaros e não devem estar nas proximidades do aeroportos”, explica Ruy Amparo.
Segundo a ABEAR, em 2021 as empresas pertencentes à associação registraram perdas em torno de R$ 110 milhões devido a colisão de aeronaves com aves. Como os aviões danificados tiveram de passar por manutenção e deixaram de voar, a estimativa é que esse tipo de evento impactou 40.793 passageiros naquele ano.
O passaro se lascou e o jato é que foi “vítima”!! hahahaha.