O artigo “Falta de transparência tem ajudado companhias aéreas a cobrar mais pela sua viagem” publicado por Airway no dia 9 de agosto e que critica a cada vez mais complexa tarefa de comprar um bilhete aéreo e utilizar esse serviço motivou a ABEAR (associação que reúne as companhias aéreas nacionais) a nos pedir espaço para esclarecer alguns pontos.
Airway aproveitou a oportunidade para enviar três questões relacionadas ao assunto para entender a visão do setor a respeito da polêmica da cobrança pela marcação dos assentos e também das bagagens e da dificuldade em consegui um bom preço pela passagem em caso de compra antecipada. Veja abaixo as respostas da associação:
Airway Embora a livre concorrência seja algo positivo e na qual acreditamos, o serviço de transporte aéreo nunca foi tão pouco claro. E a cobrança pela marcação de assento é um novo capítulo nesse aspecto. Por que as companhias não podem simplesmente considerar valores diferentes por um lugar na janela, corredor ou meio em vez de criar uma dificuldade para o cliente que só “descobre” onde viajará ao chegar ao aeroporto (caso não pague por isso)?
ABEAR A marcação de assentos em um voo comercial é desregulamentada. Ou seja, está em linha com as melhores e mais modernas práticas do mercado global de aviação. Esse serviço permite a oferta de diferentes tarifas, conforme as necessidades de cada cliente. Quem só precisa garantir o transporte entre duas localidades paga o mínimo possível e tem à disposição um produto de entrada. É importante esclarecer que a cobrança pela marcação de assento não está proibida. O que o Senado Federal aprovou foi um Projeto de Lei (e não uma lei), que ainda irá tramitar na Câmara dos Deputados. A ABEAR entende que essa medida vai contra o livre mercado e prejudica o consumidor.
Airway O sistema de leilão eletrônico empregado mundialmente para definir tarifas não parece obedecer a lógica alguma quando deveria beneficiar o passageiro que compra um bilhete antecipado, por exemplo. Por que tamanha falta de transparência?
ABEAR O sistema dinâmico de precificação e comercialização das companhias aéreas é a melhor ferramenta para gerar oferta de uma variedade equilibrada de preços para permitir que pessoas com diferentes necessidades e capacidades de consumo possam pagar pela viagem, garantindo que o maior volume do “estoque” de assentos seja comercializado, resultando em uma boa ocupação do voo. É sempre importante lembrar que a melhor dica para quem quer ter acesso a tarifas mais acessíveis (especialmente os passageiros a lazer) deve se programar, comprar com antecedência. Isso porque os preços das passagens aéreas variam bastante segundo horário do voo, dia da semana, regras de remarcação e cancelamento, entre outros fatores.
Airway A “nova fase ” da aviação comercial tem se traduzido em supressão de itens no pacote de benefícios incluído no preço da passagem aérea, porém, não está claro para a sociedade que eles estão surtindo algum efeito prático em reduzir ou tornar mais justas as tarifas. Entidades como a OAB e o Procon têm sido claramente contra elas. Por que as companhias aéreas não conseguem convencer a sociedade a respeito disso?
ABEAR Aqui, não se trata de um pacote de benefícios embutido em todas as passagens aéreas. Tomando-se como exemplo a desregulamentação da franquia de bagagem, o que se procura atualmente é proporcionar uma justiça tarifária, já que o despacho de bagagem sempre esteve embutido nos preços de todas as passagens, o que fazia com que o passageiro que viajava apenas com bagagem de mão pagasse por um serviço que não utilizava. A partir das novas regras de bagagens, as companhias aéreas passaram a oferecer uma nova classe tarifária, com valores menores do que as demais existentes. Hoje, cerca de dois terços dos bilhetes são vendidos nesta categoria.
Entretanto, o querosene de aviação (QAV), nos últimos 12 meses, teve aumento de quase 45%, o que compromete, em média, um terço do preço do bilhete aéreo. O dólar já acumulou alta de 8,5% este ano, impactando diretamente os custos dolarizados do setor aéreo (cerca de 60%). São fatores que contribuem na composição dos bilhetes. Assim, desde o início do ano, as companhias vêm buscando alternativas para evitar repassar tais custos integralmente aos passageiros. Uma das formas é majorar os serviços adicionais (como bagagem e assento), evitando impactar ainda mais o bilhete básico.
Veja também: ANAC restringe transporte de armas em aviões
Não explicou nada.
Aqui no Canadá tem companhia aérea que cobra até pra fazer check in no aeroporto ( 10 dólares). Cobrar para marcar assento é prática comum também. Brasileiro reclama demais.
Detalhe: aqui é bastante caro viajar de avião!
NUNCA pensam no consumidor!
Voarei na companhia que menos “prejudicar” o passageiro… Já DELETEI a LATAM em minhas compras de passagens aéreas!
Aldi Cantinho, permita-me, com todo o respeito, discordar de você. Não se trata de reclamar, ou do brasileiro reclamar demais… acho até que reclamamos pouco! Porisso vivemos num país que tem tudo para ser desenvolvido e estamos “patinando”, sem perspectivas.
Empresários/Empresas gananciosos têm em todos os locais, mas certamente creio que você seja mais respeitado aí no Canadá do que nós aqui no Brasil. O que NÃO temos aqui no Brasil é CONFIANÇA quando, por exemplo, AGÊNCIAS que deveriam (TAMBÉM) defender o consumidor, não nos passam a menor confiança… Como as coisas NÃO são claras, desconfiamos e reclamamos SIM.
Abs.
AHÃ! Muito modernas estas práticas comerciais, tudo no c…. do consumidor!