Abertura de capital da Azul é suspensa

Comissão de Valores Imobiliários apontou que companhia aérea divulgou dados sem autorização antes da oferta na bolsa de valores
A Azul vai servir cerveja em voos realizados entre às 17h00 e 21h00 (Azul)
Embraer E195 da Azul
O Embraer E195 da Azul é configurado para transportar 118 passageiros (Divulgação)
O Embraer E195 da Azul: entrada na bolsa suspensa (Divulgação)

A abertura de capital da Azul Linhas Aéreas, que estava prevista para ocorrer nesta sexta-feira (07) foi suspensa pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários), órgão que controla a Bolsa de Valores de São Paulo. A razão apontada é que a companhia aérea teria infringido algumas regras sobre divulgação de resultados e apresentações sem consentimento da CVM, o que é proibido.

Dados sobre previsões de demanda nos próximos anos acabaram sendo publicados na imprensa neste mês, o que configuraria uma propaganda capaz de influenciar no resultado da abertura de capital – por praxe, as empresas devem restringir os comunicados durante as semanas que antecedem a IPO (Initial Public Offering, oferta inicial pública).

A Azul decidiu abrir seu capital há vários e quase o fez em 2015, mas as condições adversas do mercado a fizeram desistir na ocasião. Desde o final do ano passado, a empresa aérea voltou providenciar a documentação para lançar suas ações na bolsa paulista. Atualizado em 10/04: a nova data da IPO foi marcada para esta terça-feira dia 11 de abril.

Investimento

No Brasil, apenas a Gol Linhas Aéreas possui ações na bolsa de valores após uma oferta em 2004. A TAM, hoje Latam, também teve seu capital aberto, mas voltou a fechá-lo em 2012 quando houve a fusão com a LAN. No caso da Azul, a oferta deve gerar um volume considerável de investimentos para dar sequência ao seu plano de expansão, que envolve aumento das frequências internacionais e a aliança com a TAP, hoje parte do grupo que controla a Azul.

Se de um lado traz dinheiro, a abertura de capital aumenta a transparência da empresa, que é obrigada a divulgar seus planos aos acionistas além de ficar exposta às oscilações do mercado.

A empresa também recebeu um aporte de R$ 1,7 bilhão do grupo chinês HNA no ano passado e que assumiu 23,7% das ações da empresa. A Azul é hoje a terceira maior companhia aérea brasileira.

Veja também: Azul quer voar entre Campinas e Buenos Aires

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