Maiores companhias aéreas dos EUA, American Airlines,United Airlines e Delta Air Lines reforçaram as medidas de segurança em suas operações após os tumultos no Capitólio em Washington D.C contra a certificação da vitória de Joe Biden, nesta quarta-feira (6).
As três empresas informaram que estão trabalhando para garantir a segurança de quem viaja pelos aeroportos na capital dos EUA (Aeroporto Ronald Reagan e o Aeroporto Internacional Washington Dulles). Sindicatos de comissários de bordo e de pilotos também expressaram preocupação com os manifestantes que embarcaram em voos partindo de Washington após o motim promovido por apoiadores do presidente Donald Trump, que deixará o cargo no dia 20 de janeiro.
A American Airlines disse ter aumentado o número de funcionários de trabalham nos aeroportos da capital e decidiu não servir bebidas alcoólicas em voos de e para Washington. Já a United transferiu a hospedagem de seus tripulantes em trânsito para hotéis nos aeroportos para evitar o tumultos no centro da cidade.
A Administração de Segurança de Transporte (TSA), órgão que supervisiona a segurança dos aeroportos nos EUA, informou que está em “alerta máxima” e tem “várias camadas de segurança” em Washington, relatou a Reuters.
Um dia antes aos protestos, as principais companhias aéreas relataram uma série de comportamentos perturbadores de passageiros voando para Washington. Na quarta-feira, um vídeo postado no Twitter exibiu o senador republicado Mitt Romney sendo hostilizado por apoiadores de Trump no Aeroporto Internacional de Salt Lake City, no estado de Utah.
Depois de embarcar num voo da Delta, Romney ainda foi chamado de “traidor” por outros passageiros a bordo da aeronave. Em resposta a rede CNBC News, a empresa aérea informou que “nossa equipe rapidamente se envolveu e resolveu o problema”.
Sindicatos de tripulantes pediram uma política de “tolerância zero” com tais incidentes. “O comportamento mafioso que ocorreu em vários voos para Washington ontem era inaceitável e ameaçava a segurança de cada pessoa a bordo”, disse Sara Nelson, presidente da Associação de Comissários de Bordo (AFA-CWA).
Na segunda-feira (4), vários controladores de tráfego aéreo em Nova York relataram ter ouvido uma ameaça de lançar um avião contra o prédio do Capitólio em Washington. O FAA, a agência de aviação civil dos EUA, informou ao jornal britânico DailyMail que estava trabalhando “em estreita colaboração com a polícia federal e parceiros de segurança nacional em quaisquer ameaças de segurança relatadas que possam afetar a segurança da aviação”.
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