Os planos da Aerolíneas Argentinas de voar para Miami e Nova York a partir do Aeroporto Aeroparque, no centro de Buenos Aires, vão ter de esperar. O atraso na inspeção de segurança feita pela Transportation Security Administration (TSA), dos EUA, obrigou a companhia aérea estatal a postergar o início dos voos, previstos originalmente para agosto.
A Aerolíneas pretendia deslocar três voos semanais para Nova York e quatro para Miami de Ezeiza para o aeroporto Jorge Newbery, nome oficial do Aeroparque, a partir de 7 e 8 de agosto, mas suspendeu as mudanças enquanto a visita da equipe da TSA não ocorre.
A TSA é uma agência criada pelo governo dos EUA após os ataques terroristas em setembro de 2001 e tem a responsabilidade de zelar pela segurança da infraestrutura aeroportuária do país.
De acordo com a companhia aérea, os voos programados para agosto, setembro e outubro estão sendo remanejados para o Aeroporto de Ezeiza, distante 27 km do centro de Buenos Aires, já que não há um prazo para que a TSA faça a inspeção que irá liberar o Aeroparque.
Pista com quase 2.700 metros
Os voos de longo curso a partir do aeroporto central, uma espécie de Congonhas portenho passaram a ser possíveis após uma reforma realizada pela concessionária Aeroportos Argentina 2000.
A empresa privada, que opera tanto Ezeiza quanto Aeroparque, ampliou a única pista do aeroporto para 2.690 metros de extensão, alargou pátios e pista de táxi e construiu uma nova ala internacional para comportar os widebodies Airbus A330-200, que serão usados nas duas rotas.
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O privilégio da Aerolíneas, no entanto, não deve durar muito por conta do princípio de reciprocidade que rege as operações internacionais. Ou seja, as companhias aéreas norte-americanas como a American Airlines têm o direito de pedir slots no Aeroparque também.
Por enquanto, a Aerolíneas Argentinas pode até utilizar o aeroporto central para voar para destinos domésticos com o A330 já que ao menos três aeroportos no país têm infraestrutura para receber widebodies – Bariloche, Ushuaia e Calafate.