Aeronaves KC-390 da FAB serão empregadas no combate a incêndios a partir de 2021

Equipamento de combate a incêndios para o KC-390 ainda está em fase de desenvolvimento e certificação
(Embraer)
Concepção artística do KC-390 com sistema MAFFS de combate a incêndios (Embraer)

Os devastadores incêndios na Floresta Amazônica e no Pantanal tornaram evidente a necessidade por mais aeronaves na Força Aérea Brasileira (FAB) capazes de enfrentar tais situações. Atualmente essas operações são realizadas pelos cargueiros multimissão Lockheed C-130 Hercules da frota nacional.

Em contato com o Airway, a FAB confirmou que possui dois sistemas de combate a focos de incêndios, chamados MAFFS (sigla em inglês para “Sistema Modular de Combate a Incêndios”). “Todas as aeronaves C-130 Hercules da FAB têm capacidade para serem equipadas com o MAFFS”, informou a força aérea.

O sistema MAFFS é composto por cinco tanques de água e dois tubos que se projetam pela porta traseira do avião, podendo carregar até 12 mil litros de água ou agentes retardantes de chamas. É um equipamento essencial para alcançar focos de incêndios florestais em regiões remotas, onde a ajuda por terra pode demorar a chegar.

Recebida a ordem, o equipamento pode ser instalado na aeronave em poucas horas. Os lançamentos são realizados a uma altitude média de 150 pés (46 metros), despejando água sobre áreas previamente determinadas.

O Hercules pode despejar até 12 mil litros de água de um vez sobre incêndios (FAB)
Ajuda que vem do céu: o Hercules pode despejar até 12 mil litros de água sobre incêndios (FAB)

KC-390 “bombeiro” chega em 2021

A próxima aeronave da FAB equipada com recursos para combater incêndios será o jato multimissão Embraer KC-390 Millennium. A frota brasileira já conta com três dessas aeronaves e mais um aparelho deve ser entregue até o final deste ano. No entanto, esses aviões ainda não contam com seus próprios sistemas MAFFS e nem são certificados para essas operações.

De acordo com a FAB, o sistema modular de combate a incêndios para o KC-390 ainda está em fase de desenvolvimento. “Após a conclusão dessa etapa, que tem previsão de ocorrer no quarto trimestre de 2021, as aeronaves KC-390 também poderão ser empregadas na missões de combate a incêndios”.

“Cabe ressaltar que a aeronave KC-390 está em fase de certificação de emprego operacional, visando um incremento dos diversos processos relacionados à implantação da aeronave”, acrescentou a FAB.

A Embraer está trabalhando com a empresa United Aeronautical Corporation (UAC) em uma adaptação do sistema MAFFS II para uso no KC-390. O equipamento é uma evolução do MAFFS I, atualmente utilizado pela FAB.

O KC-390 será um dos “aviões cisterna” mais modernos no mercado, se não o mais avançado. O avião fabricado no Brasil é o primeiro dessa categoria equipado com controles 100% computadorizados (fly-by-wire), o que segundo a Embraer “reduz a carga de trabalho da tripulação em missões de combate a incêndios, melhorando a eficiência da operação”. A fabricante ainda destaca a velocidade da aeronave, o que “garante um menor tempo de trânsito e projeção da capacidade a longa distância, para rápida contenção do fogo”.

A Embraer e a FAB ainda não divulgam as especificações do KC-390 para missões de combate a incêndios, nem quantos novos kits MAFFS II serão adquiridos. No entanto, é esperado que a performance da aeronave nessa função supere as capacidades dos antigos Hercules.

*Texto atualizado às 20:27 com mais informações da Embraer sobre o sistema MAFFS II

Veja mais: FAB incorpora drones que pertenciam à Polícia Federal

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  1. Se não tem com aluguem ou contratem quem tem pois os incêndios no Pantanal estão devastadores….se for esperar até resolverem isso do Kc390 não terá mais floresta no Pantanal pra jogar água…..uma vergonha um país continental desses ter “2” aviões pra esse tipo de ação….. lamentável.

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