Cerca de 40 anos após operar seus últimos voos para o exterior, o Aeroporto de Congonhas poderá voltar a contar com uma malha aérea internacional. É o que previu Ronei Glanzmann, titular da Secretaria de Aviação Civil (SAC), em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.
Segundo Glanzmann, que está participando da conferência do Conselho Internacional de Aeroportos América Latina e Caribe (ACI-LAC), em Buenos Aires, o aeroporto paulistano pode seguir o exemplo do Aeroparque, terminal aéreo localizado próximo do centro da capital argentina.
Conhecido oficialmente como Jorge Newbery, o aeroporto opera uma malha de voos para destinos na América do Sul, incluindo o Brasil e é considerado mais prático do que Ezeiza, o maior aeroporto de Buenos Aires, que fica distante da região central. A Aerolineas Argentinas e a Gol estão entre duas das empresas aéreas que utilizam o Aeroparque.
O secretário vê como potencial internacional os destinos de Buenos Aires, Montevidéu e Santiago do Chile, “o que estamos chamando de ponte aérea da América do Sul”, disse.
Fim dos voos internacionais em 1985
De fato, Congonhas, com sua pista principal, comporta voos de média distância que já ocorrem para destinos como Fortaleza e Natal, localizados a mais de 2.300 km de São Paulo. Resta, no entanto, entender como seria possível ampliar os slots diários para atender a uma demanda internacional ao mesmo tempo em que os voos nacionais estão saturados.
A “internacionalização” do aeroporto já está em curso, mas para voos executivos, prevista para 2022. Quando isso ocorrer, será possível utilizar Congonhas para chegar a destinos que hoje só podem ter como ponto de partida e chegada o Aeroporto de Guarulhos ou o Catalina, terminal executivo privado, inaugurado no ano passado na região de São Roque.
Os últimos voos comerciais internacionais operaram em Congonhas até 19 de janeiro de 1985. No dia seguinte foi inaugurado o Aeroporto de Guarulhos, que inicialmente assumiu apenas as rotas para o exterior. Por conta da restrição de suas pistas, os voos internacionais eram operados apenas para a América do Sul enquanto as rotas de longa distância contavam com voos locais para o Galeão, no Rio de Janeiro, onde pousavam os widebodies.
Em breve, a administração do aeroporto paulistano passará a ser feita pela AENA, empresa que arrematou a concessão de Congonhas em agosto.
Uma ideia interessante seria explorar Congonhas de uma maneira mais ampla porém isso demandaria grandes mudanças para tormar o mesmo uma nova alternativa para voos internacionais destinados a países da América Latina.
Hoje temos modelos que podem operar ali com toda a segurança e capacidades como os novas famílias A320NEO e 737MAX, porém o aeroporto em si tem problemas de espaços para poder atender a esta demanda.
O espaço do antigo terminal esta dominado pelas três grandes e hoje é mais do que necessária a construção de um novo, defendo a retirada da aviação executiva de Congonhas ou ou seu remamenjamento dentro da área do aeroporto para que a amplicação seja realizada.
Sei que é extremante difícil de se realizar algo do tipo, mas também tem ali a área da VASP que esta abandonada e que tem um grande potencial para desenvolvimentos naquele espaço bem siginificativo
Hoje é mais um problema de espaço do que qualquer outra coisa.