Uma das mais antigas companhias aéreas do mundo, fundada em 1921, a Mexicana de Aviación está de volta. Após falir em 2010, a transportadora teve seu espólio adquirido pelo governo do México, que a relançará a partir de setembro, anunciou o presidente Andrés Manuel López Obrador.
O plano do governo é bancar a venda de passagens para 20 destinos nacionais com valores mais “populares”. Para operar a nova malha aérea, a Mexicana de Aviación terá inicialmente dez Boeing 737-800 alugados, afirmou o secretário de Defesa Nacional, Luis Cresencio Sandoval González.
A nova empresa aérea foi criada na verdade em junho com o nome de Mexican State Airlines e que usará a marca “Mexicana de Aviación”, adquirida por 815 milhões de pesos (cerca de R$ 235 milhões).
O montante será repassado aos 7.407 ex-funcionários da Mexicana, que herdaram não apenas os direitos sobre a marca, mas também três imóveis e um simulador de voo.
“Não há fins lucrativos. Por que você pode vender a passagem de avião mais barata? Bom, porque você já tem essa infraestrutura, você tem os aeroportos”, afirmou Obrador.
Aeronaves serão entregues entre setembro e outubro
Segundo o governo, a nova Mexicana de Aviación já criou 209 empregos diretos e deverá chegar a 745 funcionários quando iniciar operações.
As passagens começarão a ser vendidas em setembro, mês em que se espera a entrega de três 737-800. Outros três jatos chegarão em outubro e ficarão baseados no novo aeroporto internacional Felipe Ángeles, na Cidade do México.
As aeronaves, que terão 180 assentos, receberão uma pintura com as cores da bandeira mexicana, em verde, vermelho e branco. O governo do México afirma que o custo operacional da frota foi de 4 bilhões de pesos (cerca de US$ 1,15 bilhão).
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A meta é que as tarifas sejam de 18 a 20% mais baratas que as praticadas pelas empresas aéreas do país. Entre os destinos previstos estão Cancún, Monterrey, Guadalajara e Tijuana.
Político de esquerda, Andrés Manuel Obrador segue a linha também bancada pelos presidentes Alberto Fernandéz e Gustavo Petro, que têm investido nas estatais Aerolíneas Argentinas e Satena (Colômbia).