A Air China, uma das maiores companhias aéreas do país, anunciou um acordo com a fabricante de aeronaves COMAC para adquirir 11 jatos regionais ARJ21 e seis C919, avião comercial mais avançado já desenvolvido na China.
As aeronaves deverão ser entregues entre 2024 e 2025, informou a Air China em comunicado enviado à bolsa de valores local.
O acordo atingiu a cifra de US$ 1,07 bilhão em preços de lista, mas as duas empresas se comprometeram a negociar valores menores.
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De acordo com a mídia chinesa, a COMAC aumentou o valor de tabela do C919, antes negociado a partir US$ 99 milhões, para US$ 108 milhões.
O preço aproxima a aeronave da faixa de valores cobrada pela Airbus pelo A320neo, seu rival direto. Segundo o site South China Morning Post, a fabricante europeia estabelece preços entre US$ 105 milhões e US$ 136 milhões pelo seu jato comercial.
Apelo por mais encomendas
Um dos argumentos favoráveis ao C919 seria justamente seu preço mais em conta que aeronaves ocidentais como o A320neo e o Boeing 737 MAX.
Mas na semana passada, o gerente geral da COMAC, Zhou Xinmin, pediu apoio do governo para incentivar as companhias aéreas chinesas a encomendarem mais aviões fabricados no país.
O ARJ21, cujo preço de lista é US$ 38 milhões, é o primeiro avião comercial chinês e tem ampliado sua presença no mercado, além de contar com um cliente externo, a TransNusa, da Indonésia.
O C919, no entanto, é a grande aposta já que a aeronave oferece uma capacidade de passageiros entre 160 e 190 assentos, onde existe uma enorme demanda.
Por enquanto, há apenas três dessas aeronaves em serviço, todas na China Eastern Airlines, que tem 105 pedidos firmes.