A Air China, maior companhia aérea chinesa, suspendeu nesta segunda-feira (17) seus voos para Pyongyang, capital da Coreia do Norte. Oficialmente, a empresa afirma que não há demanda para venda de bilhetes nesta semana e nas próximas. O real motivo, porém, pode ter a ver com a incerteza sobre o que pode acontecer nos próximos dias na Península da Coreia, onde a situação político-militar pode mudar repentinamente se o líder norte-coreano Kim Jong-un persistir com o plano de testar mísseis nucleares.
Governantes dos Estados Unidos já avisaram a Coreia do Norte que o teste com mísseis terão uma reposta militar imediata. Já o governo norte-coreano, por meio do vice-ministro de negócios estrangeiros, respondeu pela televisão estatal do país que qualquer intervenção dos EUA terá uma resposta ainda mais violenta.
Conforme a tensão aumenta na Península da Coreia aumenta, a China vem redobrando as negociações para solucionar a questão através de canais diplomáticos. O governo de Pequim também já se posicionou contrário ao programa de mísseis nucleares da Coreia do Norte.
A Air China é atualmente a única companhia aérea estrangeira que voa regularmente entre a China e a Coreia do Norte, hoje um dos países mais isolados do mundo. A empresa chinesa voa para o país desde 2008, com três frequências semanais.
O Aeroporto Kim Jong-Il, em Pyongyang, recebe praticamente somente voos da companhia aérea nacional, a Air Koryo, que opera somente aviões de origem. Além de voos domésticos, a empresa local mantém voos internacionais regulares somente para a China e Rússia.
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