A Globalia vem procurando alternativas para a subsidiária Air Europa, segunda maior companhia aérea espanhola, com proposta de capitalização de 65 milhões de euros e deu prazo à IAG, proprietária da British Airways e Iberia, se manifestar sobre o aumento do capital até 13 de dezembro.
A chegada de um novo investidor na Air Europa seria de cerca de 20% e a Globalia manteria 51% do controle da empresa.
A pressa da Globalia em arranjar um sócio tem um motivo: a empresa acumula patrimônio negativo de 500 milhões euros e, segundo a legislação espanhola, se uma empresa tem patrimônio negativo equivalente a metade do capital social, entra em dissolução.
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Entretanto, por causa da pandemia da COVID-19 em 2020, o governo espanhol estipulou uma “moratória societária”, fazendo que a dissolução da empresa não seja feita até o final de 2025.
O valor seria superior aos 100 milhões de euros pagos em 2022 pela IAG como compromisso de comprar a Air Europa e consolidar a posição do grupo como líder nas ligações entre Europa e América Latina. O plano foi abortado em agosto de 2024 após a Comissão Europeia julgar insuficiente as concessões que a IAG propôs para a fusão.
Além da Air France-KLM, executivos da Lufthansa visitaram a Globalia para conversar sobre a Air Europa, e a Etihad Airways estuda também investir na empresa, segundo o jornal espanhol El Economista.
Para a Etihad, cujo presidente é Antonoaldo Neves – ex-CEO da Azul e da TAP Air Portugal –, seria o retorno de aquisições no exterior, após uma série desastrosas de investimentos nas empresas AerLingus, Air Berlin, Alitalia, Darwin Airline, Jet Airways e Virgin Australia.
Um dos principais trunfos da Air Europa é sua rede de rotas na América Latina, uma das mais abrangentes junto com a TAP Air Portugal, Air France-KLM e a própria Iberia. No Brasil tem voos para Salvador e São Paulo.