O grupo Air France-KLM reconheceu nesta segunda-feira, 12, estar negociando um pedido de 160 novos jatos com a Boeing e Airbus. As aeronaves serão usadas na expansão da malha de voos low-cost, divididas entre a KLM e a subsidiária Transavia, afirmou o Bloomberg.
O acordo pode ser o maior da história do grupo franco-holandês e envolveria a escolha entre o 737 MAX e o A320neo. A Transavia holandesa possui hoje 39 jatos 737NG, 35 deles da versão 737-800, enquanto a divisão francesa possui outros 50 737-800.
No caso da KLM, o objetivo é ampliar sua atuação na Europa com as novas aeronaves. Assim como a Transavia, a companhia holandesa é uma grande cliente da Boeing, com 48 jatos 737NG. A situação favoreceria a fabricante dos EUA, mas por outro lado, a relação próxima da Air France com a Airbus pode equilibrar a disputa.
Segundo Ben Smith, CEO da Air France-KLM, a expansão da malha de voos de baixo custo é um elemento chave na retomada pós-pandemia. Os voos de turismo têm reagido com mais força do que o mercado corporativo após a abertura de alguns países.
A estratégia também serviria como reação à investida de empresas como a EasyJet e RyanAir, que dominam o mercado de baixo custo. A companhia aérea irlandesa, inclusive, anunciou que contratará 2.000 pilotos por conta da entrega dos novos 737 MAX 8-200.
Renovação de frota
A Air France e a KLM iniciaram uma renovação de suas frotas de jatos de pequena capacidade recentemente. A empresa francesa encomendou 60 A220-300, o primeiro dos quais será entregue em setembro. Já a KLM Cityhopper, sua divisão regional, está recebendo o E195-E2, aeronave regional da Embraer, por meio de leasing.
Apesar disso, os dois modelos teriam sido considerados pequenos para servirem em rotas de baixo custo.