A companhia aérea escandinava SAS anunciou nesta terça-feira (3) o consórcio que assumirá o controle da empresa dentro do processo de recuperação financeira aberto nos EUA, o chamado “Capítulo 11”.
Tratam-se dos fundos de investimentos Castlelake, Lind Invest e o grupo Air France-KLM, além do estado dinamarquês. O consórcio deverá injetar quase 1,2 bilhão de dólares na transportadora e, se aprovado pelas autoridades dos EUA, resgatar a empresa da concordata.
A nova estrutura societária prevê a divisão da SAS em 32% do capital com a Castlelake, 25,8% com o governo dinamarquês, 19,9% com a Air France-KLM, 8,6% com a Lind Invest e o restante (13,6%) com demais credores.
A SAS afirmou que pretende receber a aprovação do plano do Tribunal de Justiça dos EUA no início de 2024 e em seguida buscará outros avais de agências regulatórias dos países escandinavos.
Até a eficácia do plano, previsto para meados do ano que vem, a SAS operará normalmente sua malha de voos, afirmou a empresa.
No entanto, a SAS confirmou que deixará a Star Alliance, aliança em que foi uma das fundadoras em 1997, para aderir à rival Sky Team, da Air France, KLM e Delta, entre outras.
Em breve a companhia aérea espera iniciar o trabalho de cooperação comercial a ser estabelecido com a Air France-KLM.
“O investimento acordado é um marco fundamental no nosso plano SAS Forward e mostra que os nossos novos investidores acreditam na SAS e no nosso potencial para permanecermos na vanguarda da indústria aérea nos próximos anos. Além disso, o nosso movimento em direção a uma parceria com a SkyTeam determina um caminho claro para a empresa”, disse Anko van der Werff, CEO da SAS.
Voos para o Brasil até 1991
A SAS – Scandinavian Airlines System – foi criada em 1946 para ser a companhia aérea de bandeira da Dinamarca, Suécia e Noruega. A empresa aérea gozava de boa reputação até pouco tempo atrás, mas afundou-se em dívidas em anos recentes.
Para tentar sair do prejuízo, a empresa lançou um plano de recuperação que incluiu a criação de subsidiárias e a operação de jatos E190 da Embraer, recebidos de segunda mão.
No Brasil, a SAS operou desde sua fundação até 1991, quando encerrou o voo para Copenhagen.