Uma empresa aérea completamente nova, competitiva e com custos mais baixos. Essa é a descrição da ‘Boost‘, nova companhia aérea que o grupo Air France-KLM pretende lançar nos próximos meses como uma forma de enfrentar a dura concorrência das congêneres do Oriente Médio como Emirates, Qatar e Etihad.
“A nova companhia constituirá a resposta do grupo às companhias aéreas estatais do Golfo Pérsico, que têm estratégias de baixo custo em mercados chave onde a Air France e a KLM têm interesse”, explicou a empresa em nota na semana passada.
Para o grupo franco-holandês, a Boost não será apenas uma companhia aérea de baixo custo. A ideia é que ela sirva como laboratório para testar serviços inovadores, tecnologias inéditas, mas também que tenha um relação com os funcionários diferente, capaz de gerar economia de operação a ponto de torná-la competitiva perante as rivais do Oriente Médio.
A Boost deve começar a operar no final de 2017 com uma frota reduzida de aeronaves e focadas em rotas muito competitivas onde nem Air France ou KLM conseguem tarifas atraentes.
Concorrência pesada
A agressividade das empresas aéreas do Golfo como Emirates, Qatar e Etihad tem provocado enormes perdas para suas concorrentes do resto do globo. Além da posição estratégica de seus hubs, a meio caminho da Europa e o Pacífico, essas companhias ainda contam com o apoio de seus governos para oferecer um serviço superior, mas com tarifas acessíveis.
Já as companhias europeias e americanas lidam com sindicatos fortes e custos mais altos, além de serem mais antigas e com todo um histórico administrativo mais complexo.
Nesse cenário, a Boost pode ser uma boa novidade para o Brasil. As rotas para o país estão entre as mais disputadas pelas companhias aéreas europeias e suas concorrentes árabes. Resta sabe se os preços, no fim, ficarão menores.
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