O grande apetite de empresas aéreas da Índia por novos aviões de passageiros é o grande atrativo da edição deste ano do Paris Air Show. Após a mega encomenda de 500 jatos da Indigo, anunciada ontem (19), agora foi a vez da Air India ratificar a encomenda de 540 aeronaves, concluindo os acordos com a Airbus e Boeing iniciados em fevereiro deste ano.
Para a Boeing, o pedido da Air India, de 290 aeronaves de um corredor e widebodies, é o maior que a fabricante já registrou no sul da Ásia. A encomenda inclui 190 jatos 737 MAX, 20 787 Dreamliner e 10 777X. O acordo com a empresa indiana inclui ainda opções de compra para 50 jatos 737 MAX e outros 20 Dreamliner.
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Com a Airbus, a Air India encomendou 140 aeronaves A320neo e 70 A321neo, bem como 34 jatos widebodies A350-1000 e seis A350-900 – que serão os primeiros A350 XWB em serviço na Índia.
As entregas das aeronaves, das duas fabricantes, começam já neste ano.
De onde vem tanto dinheiro?
Companhia aérea mais tradicional da Índia, a Air India vive um momento de franca expansão acompanhando o crescimento vertigino do setor aéreo no sul da Ásia. A empresa, que era controlada pelo estado, foi assumida pelo grupo Tata Son em sociedade com a Singapore Airlines, no começo de 2022.
O plano da Tata e sua parceira é fundir a Air India com a novata Vistara, que também é controlada pelas duas companhias por meio de uma joint venture. Com a união das duas transportadoras indianas, o grupo espera aumentar a competitividade no mercado local com as low-cost SpiceJet e Indigo, que atualmente é a maior empresa aérea do país – a Air India é a terceira, atrás da Vistara.
A sociedade recente da Air India com o grupo Tata é uma volta ao passado. A companhia aérea foi fundada em 1932 justamente pelo conglomerado indiano, que nomeou a empresa como Tata Airlines, título que vigorou até 1947.