As companhias aéreas Air India e Vistara serão transformadas em apenas uma transportadora. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 29, pelo Grupo Tata, dono da primeira, e pela Singapore Airlines (SIA), que é sócia dos indianos na Vistara.
Pelo acordo, a SIA afirmou também que está investindo US$ 250 milhões na Air India, assumindo uma participação de 25% na companhia aérea hoje pertencente apenas à Tata.
A expectativa das duas controladoras é que o processo de fusão seja concluído até março de 2024, caso ocorra a aprovação regulatória das autoridades indianas.
“Com esta fusão, temos a oportunidade de aprofundar nosso relacionamento com a Tata e participar diretamente de uma nova e empolgante fase de crescimento no mercado de aviação da Índia. Trabalharemos juntos para apoiar o programa de transformação da Air India, liberar seu potencial significativo e restaurar sua posição como uma companhia aérea líder no cenário global”, disse Goh Choon Phong, CEO da Singapore Airlines.
A então estatal Air India foi assumida pela Tata em janeiro após o governo indiano realizar um leilão em 2021. Com seu hub de Nova Delhi, a transportadora é a companhia aérea de bandeira do país há várias décadas, mas tem sofrido a concorrência de novas empresas de baixo custo.
A companhia aérea possui uma frota de 112 aeronaves, 44 delas widebodies Boeing 777 e 787. Entre seus destinos internacionais estão várias cidades nos EUA, Austrália, Europa, Oriente Médio e Coreia do Sul e Japão. Além disso, a empresa tem a subsidiária Air India Express, com 24 Boeing 737, e que é voltada ao mercado de baixo custo.
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Já a Vistara começou a operar apenas em 2015, numa joint venture entre a Tata (51%) e a Singapore (49%). Com uma frota de 54 aeronaves, a grande maioria de fuselagem estreita, a empresa possui a maior parte das rotas dentro do país, mas também voa para Londres, Paris e Frankfurt, na Europa, graças aos seus três Boeing 787.
Previsto para se tornar o país mais populoso do mundo, a Índia também deverá contar com o terceiro maior mercado global de aviação, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Imagine se a Embraer consegue entrar nesse mercado?