Companhia aérea de bandeira da Papua-Nova Guiné, a Air Niugini voltou a se manifestar sobre uma urgente modernização de sua frota.
Segundo declarações do CEO da empresa, Bruce Alabaster, dois jatos são estudados para substituir os velhos Fokker 100 e 70 em serviço hoje, o Airbus A220 e o Embraer E2. Não é a primeira vez que a Air Niugini cita os dois concorrentes, ela que pretendia receber jatos 737 MAX no passado.
Hoje operam na empresa entre 11 e 13 jatos holandeses, além de um Boeing 737-800, dois Boeing 767-300 e quatro turboélices Dash 8. A ideia de Alabaster é ter ao menos três novos jatos até o final do ano que vem, para iniciar a renovação da frota, que tem idade média de quase 26 anos.
A situação da empresa é complicada já que tempos atrás ela perdeu dois aviões em situações inusitadas. Em setembro de 2018, um 737-800 acabou afundando em um lago próximo ao aeroporto de Chuuk após um pouso mal sucedido. Um ocupante morreu enquanto outros seis passageiros tiveram ferimentos sérios.
Meses antes, a companhia regional pertencente à Air Niugini teve um turboélice Dash 8-Q200 incendiado por manifestantes que invadiram a pista do aeroporto de Mendi, na província de Southern Highlands, para protestar contra o governo.
Parte da Comunidade de Nações
A Air Niugini foi fundada em 1973 pelo governo do país em associação com companhias aéreas australianas como a Qantas e a Ansett. Localizada na Oceania, ao norte da Austrália, a Papua-Nova Guiné ocupa a porção oriental da ilha Nova Guiné (a parte ocidental pertence à Indonésia).
O país, de 463 mil km², possui uma população de cerca de 9 milhões de habitantes e é parte da Comunidade de Nações (Commonwealth) ligadas ao Reino Unido, reconhecendo o Rei Charles III como soberano.
Ex-aviões da TAM e TABA
Os Fokker 70 e Fokker 100 da Air Niugini são utilizados em voos domésticos e também internacionais de curto alcance para destinos como Australia e as Ilhas Salomão. Todos os sete Fokker 100 que constam da sua frota são velhos conhecidos do Brasil.
Eles voaram em algum momento pela TAM entre a década de 90 e os anos 2000, como o avião de matrícula P2-ANF, que foi entregue à empresa aérea do Comandante Rolim Amaro há 30 anos como o PT-MRF. Já o jato de matrícula P2-ANC foi usado por outra antiga regional, a TABA que o operou a partir de 1993.
Além da substituição dos Fokker, a Air Niugini pretende arrendar dois A330-200 para o lugar dos Boeing 767-300.