Air Senegal desiste de voar com o A220-300, rival do Embraer E195-E2

Segundo declarações de executivo, companhia aérea cancelou contrato que previa o fornecimento de cinco jatos da Airbus por meio de leasing. Razão inclui os problemas com o motor GTF, da Pratt & Whitney
O A220-300 da Air Senegal, quando foi entregue em 2021

A Air Senegal, principal companhia aérea do país africano, cansou de esperar pelo A220-300, jato rival do Embraer E195-E2. A transportadora havia fechado um acordo de leasing com a empresa Macquarie AirFinance em novembro de 2021 para contar com cinco dessas aeronaves da Airbus.

O plano era que os modernos aviões fossem usados em rotas dentro do continente africano, mas também em voos para Europa, graças ao seu grande alcance.

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Apesar das reconhecidas virtudes do A220, a Air Senegal acabou sofrendo com um problema que tem sido comum, a indisponibilidade de jatos equipados com o motor GTF, da Pratt & Whitney.

A turbofan é uma das razões para a economia de combustível da aeronave, mas passou por seguidos problemas com sistemas e componentes.

A Air Senegal esperava contar com cinco A220-300 alugados (Airbus)

A Pratt & Whitney diz ter resolvido isso, porém, não está conseguindo realizar as modificações nas aeronaves que usam o GTF como o A220, o A320neo e os jatos E2, da Embraer.

A Air Senegal tinha um A220-300 em serviço, mas que teve de ser aterrado à espera das modificações. Em dezembro, a empresa de leasing deveria ter entregues mais dois jatos, mas isso não ocorreu.

Problema também afeta parte dos jatos E2 da Embraer

Segundo o Italia Vola, a Air Senegal decidiu cancelar o contrato com a Macquarie. O site ouviu o diretor da empresa, Eric Iba Gueye, em um evento de turismo realizado em Milão, que confirmou a informação.

Gueye revelou que a Air Senegal está à procura de outra aeronave para o lugar do A220, mas o concorrente direto, o E195-E2, também está passando pela mesma dificuldade, além de não oferecer a mesma autonomia.

Como AIRWAY confirmou com exclusividade junto à KLM Cityhopper, a empresa holandesa, dona de uma frota numerosa do modelo, teve que reduzir os voos com o E2 por não conseguir realizar a atualização prometida pela PW.

A Air Senegal é uma cliente tradicional da Airbus, portanto, há poucas opções. Uma delas seria o leasing de A320neo com motores Leap 1-A, da CFM, mas é uma aeronave de maior porte e que exigiria uma demanda maior.

O E195-E2 da KLM Cityhopper: jato brasileiro poderia ser um substituto para o A220, mas usa o mesmo motor, além de oferecer alcance menor (jounigripen)

O próprio A220-300 que voava na empresa só transportava 133 passageiros em duas classes, quando pode levar tranquilamente cerca de 150 pessoas.

Há como contornar as restrições do motor GTF? Como mostrou a Azul, isso é possível.

A companhia aérea brasileira tem em sua frota nada menos que 15 E195-E2, todos eles operacionais, graças a uma estratégia de planejamento que permitiu que eles recebessem as atualizações com antecedência.

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  1. Cara da pra perceber que essa PW tá com problemas mesmo viu tambem com a guerra da Ucrânia e o mundo perto de uma recessão não me admira muito

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