A Airbus Helicopters anunciou nesta semana a conclusão da campanha de testes em túnel de vento com a “aeronave demonstradora eco-eficiente de alta velocidade”. Segundo a fabricante, os ensaios comprovaram a viabilidade do design aerodinâmico do helicóptero, que ainda tem nome definido.
O novo helicóptero de alta performance é uma das partes do programa Clean Sky 2, que reúne uma série de fabricantes e fornecedores da indústria aeronáutica europeia. O objetivo do grupo é encontrar soluções eficientes e sustentáveis para a aviação. Além da Airbus e suas divisões, empresas como a Dassault, SAAB e Agusta-Westland também estão na empreitada.
Os testes bem sucedidos com o protótipo abriram caminho para o que a empresa chama de “revisão preliminar do projeto”, esperada para o final deste ano. Essa etapa corrige erros e acrescenta modificações no design da aeronave. Já a fase seguinte é a construção dos protótipos. Segundo a fabricante, o primeiro voo está previsto para 2019.
“É uma honra conduzir esse projeto em conjunto com a Clean Sky Joint Undertaking e o grande número de empresas europeias que participam desse desenvolvimento. A nossa ambição é nos tornarmos referência na indústria de helicópteros, de forma a projetar uma visão ousada para o futuro desse meio de transporte”, disse Jean-Brice Dumont, diretor técnico da Airbus Helicopters.
O projeto conduzido pela Airbus utiliza a base do X3, helicóptero que ainda está em fase desenvolvimento – a versão de produção tem lançamento previsto para 2020. O aparelho é uma espécie de “híbrido”, pois com hélices propulsoras, como as propostas no projeto do Clean Sky. Essa configuração permite alcançar altas velocidades. Não à toa, o modelo detém o recorde mundial de velocidade para helicópteros, embora ainda não-oficial: 472 km/h.
“Nosso demonstrador Clean Sky não será apenas o mais veloz, ele vai ajudar a utilizar a velocidade de forma mais inteligente, procurando a melhor equação entre custo-eficiência, sustentabilidade e desempenho de missão. Queremos quebrar a barreira do custo, geralmente associado com o aumento da velocidade e alcance, e abrir o caminho para novas missões a partir de 2030, fornecendo serviços essenciais de transporte de emergência ou transporte porta-a-porta para os passageiros”, explicou o diretor técnico da Airbus Helicopters.
Veja mais: UberCOPTER estreia em São Paulo