A American Airlines é a bola da vez nas megaencomendas de jatos comerciais. A companhia aérea dos EUA já sinaliza que está negociando novos pedidos há tempos, mas o momento de concretizar acordos está próximo, o início de março.
É quando se espera por um anúncio de cerca de 100 aeronaves de corredor único da Airbus e Boeing, segundo dizem agências como Bloomberg e Reuters.
O pedido deverá ser dividido pelas duas gigantes, mas com vantagem para a Airbus e seu A321neo. A Boeing deverá fornecer mais 737 MAX 8 e talvez o MAX 10 também.
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A data apontada para a divulgação do acordo é 4 de março, quando está marcado um encontro dos executivos da transportadora com investidores.
Airbus A350
A opção pelo atrasado 737 MAX 10 seria explicada pela fila de espera gigante do A321neo, agravada pela mudança de humor da rival United Airlines após o incidente com o plug de porta de um 737-9 da Alaska Air.
A transportadora sediada em Chicago estaria prestes a cancelar seus pedidos do 737-10 e trocá-los por mais A321neo, com receio de novos atrasos na Boeing.
Mas a American Airlines, atualmente com uma frota de aeronaves de idade elevada, também estaria de olho em outros jatos para substituir modelos como o A319 e o 777-200, que já estão em serviço há mais de duas décadas.
No “andar de cima”, a companhia aérea partiria naturalmente para o 787-10 e o 777X já que hoje sua frota de longa distância só usa aviões da Boeing.
No entanto, rumores indicam que a American pode encomendar o A350. A aeronave da Airbus quase voou na empresa quando a US Airways foi absorvida e com ela um pedido antigo do widebody.
Segundo analistas, a companhia aérea pode diversificar sua frota para não depender apenas de um fornecedor. Vale lembrar que a American voou com jatos A330-200 até 2020, que eram da US Airways.
Ela só encomendou widebodies novos da Airbus uma única vez, os A300-600R, que foram aposentados em 2009.
Embraer E2?
Grande cliente da Embraer em suas subsidiárias regionais, a American Airlines também operou o E190 até anos atrás.
Segundo disse o executivo-chefe financeiro da empresa, Devon May, à Reuters em janeiro, a fabricante brasileira participa das rodadas de negociações por novos pedidos.
O alvo natural é o A319, um jato pouco eficiente atualmente e que está configurado com 128 assentos divididos em classe executiva, “Cabin Extra” e econômica.
É um perfil que se encaixa nas especificações do E195-E2, mas também dos concorrentes A220-300 e 737 MAX 7.
A American Airlines tem nada menos que 133 A319 em serviço, portanto, uma frota bastante volumosa e que certamente seria um negócio de extremo valor para a Embraer.