O CEO da Airbus, Guillaume Faury, liderou uma comitiva de empresários franceses que visitou a Índia recentemente.
Ele, que também lidera a GIFAS (Associação da Indústria Aeroespacial da França), participou de vários encontros e coletivas de imprensa e em uma delas externou sua visão a respeito de uma possível Linha de Montagem Final (FAL em inglês) de aeronaves da Airbus na Índia.
Segundo o chefe-executivo, a ideia é atraente, mas não é o momento certo para isso.
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“Na minha opinião, a Índia, em particular, pode contribuir para desentupir a cadeia de suprimentos no ambiente atual, o que novamente não é limitado pela (existência ou não existência de) FAL. Na verdade, hoje, na Airbus, somos superdimensionados em termos do sistema FAL. E não podemos aceitar mais pedidos sabendo que estamos sobrecarregados”, disse Faury.
Para o CEO da Airbus, a questão mais importante atualmente é conseguir acelerar a cadeia de produção de componentes, que acumula atrasos desde a pandemia do Covid-19.
Entregas atrasadas
Os problemas com fornecedores têm feito a Airbus rever sua meta de entregas de aeronaves comerciais em 2024 de 800 para 770 jatos. Ainda assim, a fabricante de aviões estava com dificuldades de cumprir esse alvo até setembro.
Não por menos, Faury colocou a Índia como peça-chave na produção de componentes, afirmando que as empresas do país dobraram suas fontes de serviços e componentes para 1 bilhão de euros entre 2019 e 2024.
O governo indiano lançou um programa ambicioso que pretende expandir a economia, incluindo instalar várias linhas de montagem de aeronaves no país em parceria com empresas estrangeiras.