A Airbus decidiu buscar uma nova fonte de receita com a frota de jatos BelugaST. A fabricante anunciou nesta terça-feira (25) que os cinco aviões especiais, cuja fuselagem é superdimensionada para transportar seções de seus jatos comerciais, serão parte de um novo serviço batizado de Airbus Beluga Transport.
O BelugaST é baseado no jato A300-600 e eram até pouco tempo a base do sistema de transporte entre as instalações da Airbus no mundo, levando grandes peças para as linhas de montagem de seus aviões.
No entanto, a fabricante decidiu substituí-los pelo BelugaXL, uma nova variante baseada no A330-200 e que possui uma capacidade ainda maior, além de autonomia superior. Seis jatos desse modelo estão sendo colocados em serviço.
Por conta disso, os cinco BelugaST passarão a prestar serviços para terceiros no transporte de cargas de dimensões muito grandes, explicou a Airbus, que espera suprir a demanda de setores que incluem espaço, energia, militar, aeronáutico, marítimo e humanitário.
“A seção transversal mais ampla do Beluga abrirá novos mercados e novas possibilidades logísticas para os clientes. No caso do transporte de helicópteros – não ser necessário desmontá-los primeiro – realmente é uma vantagem. Da mesma forma, os maiores motores de aeronaves comerciais podem ser acomodados sem problemas”, disse Phillippe Sabo, que chefia a divisão de transportes especiais da Airbus.
O primeiro voo comercial de um BelugaST ocorreu em dezembro quando um helicóptero H225 foi transportado de Marignane, na França, para Kobe, no Japão, para ser entregue a um cliente não revelado.
Segundo a Airbus, o Beluga possui “a maior seção transversal interna do mundo de qualquer aeronave de transporte, acomodando cargas desproporcionais de até 7,1m de largura e 6,7m de altura”.