A agência reguladora de aviação civil da União Europeia (EASA) deu sinal verde neste mês para a Airbus aumentar a capacidade de passageiros do A350-1000, o maior modelo da família A350 XWB. Com a permissão, a fabricante pode acrescentar mais 40 assentos na aeronave, alcançando a acomodação máxima de 480 ocupantes.
A autorização foi concedida pela EASA após a Airbus apresentar um novo conceito de saídas de emergência, que ela chama de “A+”, com um escorregador de evacuação de pista dupla, além de melhorias na parte de iluminação e um novo sinal sobre as saídas.
Essas soluções também são sugeridas pela fabricante para aumentar a capacidade do A330-900neo, que poderia receber até 460 assentos – 20 poltronas a mais que a configuração máxima atual.
A instalação das portas A+ permite acomodar 120 ocupantes por saída de emergência, enquanto as saídas do tipo “A” comportam 110. Regulamentos aeronáuticos exigem que o tempo de evacuação de passageiros em qualquer avião comercial não pode passar de 90 segundos, seja ele um pequeno jato E190 da Embraer ou um gigante Airbus A380.
A EASA também se mostrou aberta para autorizar versões do A350-1000 com capacidade entre 460 e 470 passageiros se houver menos saídas do tipo A+ – o A350 conta com oito saídas de emergência distribuídas pela cabine.
A agência europeia, no entanto, afirma que a introdução das novas portas exige um número mínimo de tripulantes de cabine se a capacidade da aeronaves exceder 400 passageiros. Sendo assim, um terceiro tripulante deve estar posicionado em cada saída A+ no caso de uma emergência, enquanto as postas do tipo A exigem o auxilio de dois profissionais.
Elevar o número de assentos do A350-1000 pode aumentar ainda mais sua competitividade perante o novo Boeing 777X, que deve estrear em meados de 2021. O jato da fabricante norte-americana, na versão 777-9, é projetado para receber até 426 passageiros em duas classes.
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Caramba não é muito estresse para dois motores ? Um dúvida esse motores provavelmente são maiores e mais fortes que os do 777.
Lembrando que o tempo de evacuação de 90s considera apenas metade das saídas de emergência operacionais.