A Airbus está sob pressão dos clientes do novo jato A330-900neo para que resolva os problemas que impedem que o avião seja homologado e entregue para operação comercial. Lançado como uma solução mais em conta e com capacidade levemente menor que o A350, o novo A330neo foi escolhido por companhias aéreas como Delta, TAP e Azul.
A expectativa era que a TAP, cliente lançadora da aeronave, recebesse os primeiros aviões em 2017, mas até agora não há uma data conhecida para que a companhia aérea portuguesa inicie os voos com ele. Segundo a Airbus, ela deverá receber o primeiro avião “nos próximos dias”, conforme artigo publicado pela Flight Global.
O A330-900neo tem passado por uma campanha de testes intensa que incluiu até mesmo o primeiro avião de produção, pintado com as cores da TAP. O avião já passou por vários países em voos de avaliação e recebeu no dia 9 de novembro a aprovação para operações ETOPS, necessária para voar sobre o Atlântico, por exemplo.
Sem clientes
Para a Delta Air Lines, que encomendou 25 unidades do A330-900neo em 2014 e mais 10 aviões nesta semana, o horizonte pode estar em 2020, embora a fabricante europeia afirme que ela receberá o primeiro avião em abril de 2019 – a certificação pela FAA deve ocorrer até o final de 2018 enquanto a EASA homologou o aparelho em setembro.
No entanto, é a companhia aérea brasileira Azul que tem reclamado dos seguidos atrasos na entrega do novo avião. De acordo com declarações de executivos da empresa para a Flight Global, a Azul já não acredita que terá os primeiros aviões entregues no ano que vem.
A companhia, que fez o leasing de cinco unidades depois de cancelar um pedido de A350, já admite receber o jato em 2020 embora tenha alterado a data de estreia do widebody para maio de 2019 – o plano original era ter o avião em operação no final de 2018.
Os atrasos na entrega dos aviões estariam relacionado a problemas na produção da Airbus, segundo comentários na imprensa. A fabricante tem passado por dificuldades com sua linha de jatos A320 também, complicando os planos de vários clientes.
A situação do A330-900neo, no entanto, é menos grave que a de seu irmão menor, o A330-800neo. Substituto do bem sucedido A330-200, o jato só voou pela primeira vez há algumas semanas, mas permanece sem nenhuma encomenda firme. Ao menos a Airbus não tem que suportar as cobranças de clientes desse avião.
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