Airbus encerra o ano com super-encomenda de jatos A320neo

Companhia ultra low cost dos EUA, Spirit Airlines confirma a compra de 100 aviões da Airbus
Airbus A320 da Spirit Airlines
Airbus A320 da Spirit Airlines
O primeiro A320 americano será entregue a companhia Spirit Airlines (Airbus)
O primeiro Airbus A320 “Made in USA” foi recebido pela Spirit Airlines em 2016 Airbus)

O Papai Noel já passou pela chaminé da Airbus. A companhia aérea ultra low cost Spirit Airlines, dos EUA, anunciou nessa segunda-feira (23) a aquisição de 100 aeronaves da família A320neo, que serão entregues até 2027. O acordo também inclui opções de compra para mais 50 aviões. Segundo os preços atuais de tabela da fabricante, o negócio pode alcançar um valor na faixa entre US$ 11 bilhões a US$ 12 bilhões.

O contrato de compra da Spirit Airlines, talvez o último da Airbus em 2019, foi a confirmação de um memorando de entendimento assinado em outubro deste ano. A encomenda inclui uma combinação de modelos A319, A320 e A321. A divisão exata de pedidos para cada versão não foi revelada.

A Spirit já tem um pedido de 55 A320neos em fase de entregas. Todos os jatos dessa encomenda devem ser recebidos pela companhia até o final de 2021. A empresa opera atualmente uma frota composta por quase 140 aeronaves, todas da Airbus (31 jatos A319, 64 A320, 13 A320neo e 30 A321).

O pedido de 100 aeronaves vai permitir a companhia manter sua frota jovem. A idade média dos jatos da Spirit é de apenas seis anos, uma das mais baixas entre as companhias aéreas dos EUA, onde a média de idade das aeronaves é de 14 anos (no Brasil a média é de 12 anos). Os aviões mais antigos da companhia são jatos A319, com 13 anos.

Airbus avança nos EUA

Toda vez que uma companhia aérea dos EUA encomenda aviões da Airbus, a Boeing sente o golpe. É um pedido que ela deixa de receber e justamente de uma companhia compatriota, o que mexe com os sentimentos dos americanos e a economia do país, reduzindo as atividades de uma enorme cadeia de produção com milhares de trabalhadores.

Para evitar esse efeito e proteger a Boeing, o governo de Donald Trump elevou os impostos para a compra de aeronaves importadas da Europa. A Airbus também está pagando taxas mais altas na compra de componentes de fornecedores americanos. De toda forma, até o momento nenhuma dessas medidas atrapalhou de fato a fabricante europeia. Pelo contrário, ela só cresce nos país.

Nem tão American assim… Maior companhia do mundo, a American Airlines opera mais de 400 jatos da Airbus (Russel Lee)

Mesmo com uma taxa de 10% de importação ou até mais (no caso de aviões importados do Canadá), companhias aéreas dos EUA seguem dispostas a encomendar mais aeronaves da Airbus, como é o caso da Spirit Airlines e seu pedido histórico, mostrando que não estão preocupadas com as tarifas.

Para evitar os impostos de Trump, a Airbus ergueu uma nova fábrica em Mobile, no estado do Alabama. A planta funciona desde 2016 e produz aeronaves das séries A320 e A320neo e está sendo preparada para construir o A220 (Ex-Bombardier CSeries para que não lembra). Segundo dados da fabricante, a linha de montagem nos EUA tem capacidade para entregar até 50 aeronaves por ano.

O movimento da Airbus para evitar os impostos tem a “desculpa” de movimentar a indústria local e gerar empregos nos EUA. A fábrica no Alabama emprega cerca de 800 funcionários e está contratando mais 400 pessoas para trabalhar na linha de montagem do A220.

A Delta é um dos maiores clientes da série A220, com 50 pedidos (Airbus)

O principal cliente da Airbus nos EUA é a American Airlines, que opera mais de 430 jatos da fabricante. Esse volume é quase a metade de toda frota da companhia, atualmente a maior do mundo com mais de 900 aeronaves, incluindo jatos da Boeing e Embraer.

Outros importantes operadores de aeronaves do grupo europeu nos EUA são pela ordem a Delta Airlines (302 aeronaves), JetBlue (200), United Airlines (166), Spirit Airlines (140) e outra empresa ultra low cost do país, a Frontier Airlines (98). Além disso, todas essas empresas tem longos pedidos com a Airbus em fase de entregas. A Delta, por exemplo, espera receber cerca de 250 jatos, e a JetBlue, outros 150 aviões.

É natural que o mercado de aviação comercial dos EUA tenha a participação de mais fabricantes, pois a Boeing sozinha não tem capacidade de atender todos os pedidos das dezenas da companhias aéreas do país. Incomoda a grande quantidade de encomendas que a Airbus vem recebendo no país e o fato da fabricante enfrentar a maior crise de sua história com o aterramento do 737 MAX.

Com a paralisação de seu principal produto, com mais de 5.000 pedidos, a Boeing vai registrar seu pior resultado na década, com pouco mais de 300 aeronaves entregues. A Airbus, por outro lado, pode encerrar 2019 com algo próximo de 800 aeronaves concluídas e caminha para se tornar a maior fabricante de aviões do mundo e com ajuda dos EUA.

Veja mais: Os jatos comerciais que (quase) ninguém quer comprar

 

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  1. Duas informações verbos tem um fator limitante que a sua capacidade de produção então ela não vai tomar a fatia da Bang segunda coisa quanto mais jatos cs220 estiverem voando maior vai ser a exposição ao risco vai vender mais ou ter o mesmo destino do 737 Max com grandes inconvenients

  2. Para ser produzido um avião de 200 milhões de dólares o custo de produção pode ser 220 milhões de dólares ou no mínimo 195 milhões de dólares vai depender da quantidade a ser fabricada até o fim da vida útil do desenho do projeto portanto quadra se produzir uma quantidade de centenas de aviões tem que se investir na durante a montagem dos aparelhos com os fornecedores uma quantia equivalente a 95% desse valor e ao final pode resultar em lucro de no máximo 5% ou prejuízos enormes a indústria aeronáutica é uma indústria extremamente sensível ao lucro e aos custos assim como a operação de aeronaves

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