A Airbus teve um ano como nenhum outro em matéria de encomendas firmes de seus aviões comerciais. Segundo dados divulgados pela empresa na quinta-feira, 11, 2023 terminou com 2.319 pedidos brutos de aeronaves.
Em termos de pedidos líquidos, o total chegou a 2.094 aeronaves, de longe o maior volume atingido em sua história – a nova marca superou 2013, quando houve 1.503 pedidos.
Apenas em dezembro, a Airbus registrou 807 pedidos brutos, 587 deles da família A320neo.
Os acordos mais impressionantens foram da Turkish Airlines, que fechou pedidos para 220 aeronaves (150 A321neo e 70 A350), da EasyJet (153 jatos da família A320neo) e de um cliente não revelado que em 21 de dezembro acertou a compra de 144 jatos (12 A320neo e 132 A321neo).
No ano com um todo, o A321neo confirmou ser atualmente a aeronave comercial mais demandada pelo mercado ao chegar a 1.286 pedidos líquidos, ou 61% do total de encomendas da Airbus.
O A320neo teve 402 pedidos, enquanto o A350-900 (148 pedidos), o A220-300 (134 pedidos) e o A350-1000 (118 aviões) completaram as cinco primeiras posições.
No entanto, o aumento dos pedidos coloca a Airbus numa situação de pressão já que há 8.600 aeronaves em sua carteira de pedidos.
Como referência, em dezembro de 2021, a fabricante tinha 7.082 aeronaves pendentes de entrega e em 2022, 7.239 aeronaves. Ou seja, nos últimos 12 meses, a fila de espera em suas linhas de montagem cresceu em 1.359 aviões.
Apenas do A321neo, a Airbus tem que entregar 4.923 aeronaves nos próximos anos. Portanto, a meta de produzir mensalmente 75 jatos da família A320neo a partir de 2026 é mais do que nunca necessária.
Se pudesse produzir nesse ritmo já em 2024, a Airbus só conseguiria entregar todos os aviões pendentes da família A320neo somente em 2031.