A Airbus Defence confirmou nesta quarta-feira, 29, que dará início à preparação de 15 caças Eurofighter Typhoon da Luftwaffe para assumirem o papel de vetor de guerra eletrônica.
O projeto ganhou a aprovação do parlamento alemão dias atrás, permitindo que a empresa possa assinar contrato e assim equipar os jatos para substituírem os Panavia Tornados ECR (Electronic Combat/Reconnaissance, Reconhecimento e Combate Eletrônico) em missões de supressão de defesa aérea inimiga.
Para assumir a tarefa de combate eletrônico, o Typhoon será equipado com um sistema de localização de transmissor e sistema de autoproteção fornecido pela Saab, além de mísseis anti-radar “AARGM” da Northrop Grumman. Chamado de Eurofighter EK, o jato supersônico deverá ser certificado pela OTAN até 2030.
“A guerra electrônica e o reconhecimento são um requisito importante da OTAN: os conflitos atuais e a atual situação de segurança mostram quão importantes são as duas capacidades”, disse o CEO da Airbus Defence and Space, Michael Schöllhorn. “A este respeito, a decisão do governo alemão de incluir uma capacidade tão importante como a guerra electrônica no portfólio de capacidades do Eurofighter é uma medida importante. A versão EK irá adicionar esta importante capacidade ao já amplo espectro operacional do Eurofighter, ao mesmo tempo que fortalecerá a soberania e autonomia europeias.”
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O contrato entre a Eurofighter GmbH e a NETMA (NATO Eurofighter and Tornado Management Agency) deverá ser assinado antes do final do ano. O Eurofighter EK será capaz de detectar, localizar e desabilitar radares antiaéreos além de utilizar jammers para autoproteção.
“O Eurofighter EK também possui tecnologias a bordo que foram desenvolvidas por pequenas e médias empresas e uma start-up. Estas incluem uma solução de IA que torna possível analisar dados de radar a bordo e determinar rapidamente medidas precisas de autoproteção” , disse a Airbus.
O projeto do Eurofighter de guerra eletrônica foi anunciado em 2019 mas apenas em março de 2022 conquistou um cliente.
A Alemanha revelou a intenção de converter 15 jatos dias após confirmar a aquisição de 35 caças Lockheed Martin F-35A Lightning II, que terão entre suas atribuições o ataque com armas nucleares.