O CEO da Airbus, Guillaume Faury, foi novamente confrontado com questionamentos a respeito do A220-500, uma hipotética variante de maior capacidade do jato de um corredor.
Durante o encontro com investidores no Capital Markets Day, realizado nesta sexta-feira, 23, Faury reconheceu que o A220 alongado faz todo o sentido, “mas não queremos estar certos muito cedo”.
O executivo já havia respondido questão semelhante no início do ano, durante a apresentação dos resultados de 2021. “O A220-500 seria uma versão muito boa do A220, mas não chegamos lá ainda. Não estamos na ‘altitude de cruzeiro'”, explicou em fevereiro.
Capacidade para pelo menos 170 passageiros
Companhias aéreas como Air France e a Korean Air, no entanto, já demonstraram a intenção de contar com um A220 de maior capacidade em suas frotas
Mas até o momento não há qualquer detalhe técnico confirmado, embora acredita-se que o A220-500 poderá transportar ao menos 170 passageiros com um pequeno aumento do comprimento da fuselagem.
A autonomia poderia ser de no mínimo 6.000 km, inferior a modelos como o Boeing 737 MAX 7 (7.130 km) e o próprio A319neo (6.850 km), mas oferecendo um custo operacional muito mais baixo.
A Airbus, no entanto, ainda não atingiu o ponto de equilíbrio financeiro do programa A220, adquirido da Bombardier anos atrás quando se chamava CSeries.
A expectativa é que a Airbus comece a lucrar com o A220 em meados da década assim que aprimoramentos em seu processo de produção estejam concluídos. Até agosto, a fabricante possuía 551 pedidos do A220 em seu carteira, 223 dos quais em operação.
O alcance do Max 7 é de 7.000km. Então há um erro aí.
Olá Tiago, tem razão. O 737 MAX 7 tem alcance de 7.130 km e o próprio A319neo, de 6.850 km, mais do que o A220-300. Mas certamente um A220-500 deverá oferecer um custo bem inferior de operação. O texto foi corrigido, obrigado.