A Airbus já teria avisado seus clientes – companhias aéreas e arrendadores – sobre atrasos nas entregas de jatos comerciais em 2024, alguns deles postergados para 2025, disseram fontes à Reuters.
Segundo elas, o atraso pode chegar a vários meses. A situação não é diferente do ano passado quando a Airbus só garantiu a meta de entregar ao menos 720 aeronaves no final do ano – a fabricante teve 735 entregas.
Entre os componentes mais escassos estão os motores. A Airbus trabalha com os três maiores fornecedores de turbofans, a Rolls-Royce, que equipa os widebodies A330 e A350, e a CFM e a Pratt & Whitney, mais focadas nos jatos de fuselagem estreita A220 e A320neo.
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É justamente a Pratt & Whitney que tem causado mais dissabores em virtude dos problemas que atingem o motor PW1000G (GTF). Embora as falhas tenham sido sanadas, a empresa dos EUA ainda não conseguiu corrigir todos os motores já fabricados.
Meta em 2024 pode chegar a 800 jatos comerciais
Especialistas acreditam que a escassez de peças e os gargalos de produção poderão durar anos, dificultando a renovação de frota das empresas aéreas, ansiosas por reduzir o custo com combustível proporcionada pelos mais eficientes jatos comerciais.
A Airbus deverá divulgar seu meta de entregas de aeronaves para 2024 em 15 de fevereiro, quando realizará sua conferência de imprensa sobre os resultados de 2023.
Analistas da indústria estimam que a fabricante poderá estabelecer uma meta de 800 aeronaves neste ano, empurrada pela demanda elevada das aeronaves A320neo, que contam com quatro fábricas em atividades no momento.