Apontado como uma ‘revolução’ nos voos internacionais, o jato A321XLR ainda segue como uma promessa da Airbus mesmo quase seis meses após a entrega da primeira aeronave.
A fabricante até recentemente só havia entregue cinco desses aviões capazes de voar por 8.700 km sem escalas.
A Iberia, que recebeu o primeiro A321XLR do mundo, teve mais dois deles entregues no final de março, mas um está parado desde então. A Aer Lingus, também parte do Grupo IAG, havia recebido duas aeronaves em dezembro passado.
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A despeito da pequena frota, há pelo menos 31 A321XLR em diferentes fases de produção nas instalações da Airbus em Hamburgo, na Alemanha.

Destes, três realizaram seus voos inaugurais nas últimas semanas, todos configurados com motores Pratt & Whitney GTF (PW1133GAR-JM).
O turbofan só foi aprovado para serviço comercial no A321XLR há pouco tempo, mas seus clientes esperavam receber as primeiras aeronaves ainda no primeiro trimestre.
A companhia aérea de baixo custo Wizz Air, por exemplo, chegou a marcar a estreia da aeronave para 31 de março, num voo entre Londres (Gatwick) e Meca (Jeddah), mas postergou o voo inaugural para 10 de abril.

A Airbus acabou não entregando o A321XLR até agora, o que motivou a empresa a iniciar o serviço com aeronaves A321neo com menos assentos vendidos para permitir o voo sem escalas.
Outra companhia aérea que adiou a chegada do jato foi a Qantas, também cliente do motor GTF. Antes previsto para abril, a estreia do A321XLR foi adiada para junho.
Problemas na cadeia de suprimentos persistem
Os novos atrasos ocorrem diante da persistente dificuldade de fornecedores de suprirem as fabricantes de aeronaves com componentes.
A situação faz com que muitas aeronaves saiam da linha de montagem incompletas, à espera das peças atrasadas.
A Airbus diz ter mais de 500 A321XLR encomendados e alguns clientes aguardam com expectativa as entregas.

Entre as companhias aérea com mais aeronaves em produção adiantada estão a Qantas (sete jatos), American Airlines (7), Wizz Air (6), Aer Lingus (4), Air Canada (2) e Iberia (2).
Com seu custo operacional sensivelmente mais baixo que o de widebodies, o A321XLR será um ativo importante para as clientes em tempos de margens de lucro pequenas.
Uma dessas companhias aéreas é a LATAM, que espera receber os primeiros jatos no final de 2025. Resta saber se tantas incertezas já mudaram esse cronograma.