O grupo Airbus confirmou que está preparando um novo processo de redução na produção do A380, uma vez que a fabricante não recebeu mais pedidos pelo maior avião de passageiros do mundo. “É provável que possamos ter que ir abaixo da taxa de uma aeronave por mês”, apontou Didier Evrard, vice-presidente de programas da Airbus, em conferência da IATA realizada em Cancun nesta semana.
Como explicou o executivo, a empresa está trabalhando para mitigar e minimizar o impacto financeiro que a medida pode causar. A Airbus vem seguindo esse passo em relação a sua maior aeronave desde 2016, quando produziu 27 unidades do A380. Neste ano, o plano da fabricante é fabricar 15 exemplares do jato e no próximo ano apenas 12.
O chefe de vendas da Airbus, John Leahy, disse que a empresa está trabalhando para atingir o ponto de equilíbrio na produção da aeronave. No entanto, Leahy insistiu que a fabricante está empenhada em construir o A380 a longo prazo. “O programa vai durar em torno de 20 a 30 anos”, disse ele, descartando a hipótese de encerrar a produção da aeronave.
A Airbus está trabalhando em várias propostas para melhorar a atratividade do “Superjumbo”. Ele já oferece o A380 com um layout de cabine revisado que permite a instalação de até 80 assentos adicionais.
Fabrice Brégier, presidente da Airbus Commercial, também confirmou que a fabricante está estudando a implementação de novos winglets nas asas do A380, dispositivos aerodinâmicos que poderão reduzir o consumo de combustível da aeronave em até 4%.
Se não houver cancelamentos, a Airbus tem atualmente 109 pedidos pelo A380 para os próximos anos. Atualmente, a aeronave voa com 13 companhias áreas: o maior operador é a Emirates Airline, com 94 modelos na frota e pedidos para mais 50 exemplares.
Uma pena que os Jumbos estejam defasados em termos economicos. Chega a ser estranho imaginar grandes HUBs internacionais em eles, principalmente o lendário 747.