A Airbus deve “copiar” uma solução usada pela Boeing no 777X em suas futuras aeronaves, as pontas de asas dobráveis.
A fabricante de aviões europeia citou o mecanismo em um comunicado sobre a inauguração do Centro de Desenvolvimento Tecnológico de Asas (WTDC), em Filton, Reino Unido, em 4 de julho.
O novo centro de pesquisas será responsável por dar sequência ao programa Wings of Tomorrow, em que a Airbus avalia tecnologias para tornar as asas mais longas, esguias e mais leves, em busca de uma maior eficiência de combustível e redução de emissão de poluentes.
Há alguns anos, a Airbus tem avaliado configurações que incluem perfis laminares, asas estendidas e o demonstrador AlbatrossOne, que testou pontas de asas semi-aeroelásticas que podem ser dobradas.
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Se na Boeing, a solução encontrada foi dobras as pontas das asas para cima, como em aeronaves militares que operam em porta-aviões, a Airbus avalia um mecanismo que abaixa as pontas das asas.
Em comum, as pontas de asas dobráveis permitem que aeronaves com grandes envergaduras possam nos aeroportos atuais, sem a necessidade de adaptações.
“O novo Wing Technology Development Center nos ajudará a fundamentar nossa pesquisa na praticidade. Um elemento-chave de como fornecemos tecnologia para asas de aeronaves de próxima geração é por meio do Wing of Tomorrow (WoT), nosso maior programa de pesquisa e tecnologia liderado pela equipe no Reino Unido”, disse Sue Partridge, chefe do programa.
A Airbus tem investido em tecnologias para aeronaves movidas a hidrogênio, que entre várias características, devem ter asas de grande envergadura e perfil bastante esguio já que o combustível terá de ser transportado dentro da fuselagem.