Ainda sem uma decisão formal da Boeing, o projeto NMA (New Midsize Aircraft) que deve receber a designação “797” já causa incômodo na concorrência, leia-se Airbus. Segundo fonte da agência Reuters, a fabricante européia já está estudando uma alternativa para o novo jato americano.
Mas não se trata de um novo avião e sim de uma versão do A321 com alcance ultra longo (XLR em tese). De acordo com a Reuters, a versão seria lançada com foco no mercado norte-americano e traria como diferencial em relação ao A321LR a maior autonomia.
Como se sabe, o A321LR é hoje o jato de um corredor com maior alcance do mercado, tendo feito voos longos como Paris-Nova York. A dúvida a respeito da nova versão reside nas restrições técnicas para ampliar ainda mais sua autonomia sem perder capacidade. Ou seja, retirar espaço dos passageiros ou carga poderia ser um tiro no pé, literalmente.
Por outro lado, uma versão de um jato já desenvolvido e pago teria um preço bastante atraente contra um projeto que está sendo criado do zero. Segundo as poucas informações que teriam vazado da Boeing, o NMA está sendo pensado em duas versões, uma com capacidade para 225 passageiros e alcance de 5.000 mil milhas náuticas (9.260 km) e outra um pouco maior, com espaço para 265 assentos e alcance de 4.500 milhas náuticas (8.334 km). Para efeito de comparação, o A321LR pode voar 8.520 km e levar até 244 passageiros.
A dúvida a respeito do hipotético 797 está na seção de cabine que está sendo proposta pela Boeing. O novo jato pode oferecer um espaço interno quase semelhante ao de um 767, o que se traduz num porão de cargas maior além de conforto superior para os passageiros. Seja como for, o avião americano ainda levará muito tempo para virar realidade enquanto a versão do A321 pode chegar ao mercado em poucos anos.
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