A Airbus está próxima de anunciar mais dois clientes para seu jato A220 – antigo C Series da Bombardier. As companhias aéreas Ethiopian Airlines e Interjet (México) devem fechar a compra de até 32 unidades da versão A220-100, de menor capacidade.
O presidente da Ethiopian Airlines, Tewolde Gebremariam, afirmou para a Bloomberg que a empresa deve confirmar um pedido para a Airbus até o final do ano. O número exato de aviões ainda é não está fechado, mas deve ficar entre 10 a 20 jatos.
Com o A220, a companhia aérea africana deverá retomar voos diretos para cidades em que havia decidido suprimir por conta da escolha pelo 737 MAX, cuja capacidade é bastante superior ao Airbus.
Mas os problemas sofridos pelo avião da Boeing, incluindo o acidente fatal com um jato da Ethiopian, teriam motivado uma mudança de estratégia. A companhia ainda pretende operar o 737 MAX, mas admite que deverá ser uma das últimas a voltar a usá-lo.
Adeus ao Superjet 100
A situação da mexicana Interjet é um pouco diferente. A companhia aérea é cliente tradicional da Airbus, mas arriscou operar o jato russo Superjet 100. Fabricado pela Sukhoi, mais conhecida pelos aviões de combate, a aeronave só é usada dentro da Rússia e em alguns países satélites.
Embora tenha um preço baixo e um custo operacional considerado atraente, o SSJ100, como também é chamado, tem se mostrado uma aeronave de baixa confiabilidade. Além disso, faltam peças de reposição e suporte do fabricante. Por isso, a Interjet decidiu se livrar dos 22 jatos russos e deve substituí-los parcialmente pelo A220 – segundo o jornal New York Times, serão 12 unidades cujo valor total do negócio pode chegar à $ 1 bilhão.
O A220 tem se sobressaído na disputa por novos clientes que buscam um jato eficiente com capacidade na faixa de 100 a 150 assentos. A variante A220-100 tem capacidade máxima para 135 passageiros ou entre 100 e 120 lugares em duas classes – seu alcance máximo é de 6,3 mil km.
Seu principal rival, a família E2, da Embraer, até agora acumula poucas encomendas a despeito do histórico da geração anterior, que domina o mercado há vários anos.
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