A Airbus reagiu à investida da Embraer para levar um grande pedido da LOT Polish Airlines, maior companhia aérea da Polônia.
Para isso a empresa europeia entregou uma proposta para vender 84 aeronaves A220 para a LOT, revelou Benoit de Saint-Exupéry, vice-presidente executivo de vendas da divisão de aeronaves comerciais da Airbus.
A oferta inclui as versões A220-100 (120 assentos) e A220-300 (160 assentos), disse o executivo, que previu que as entregas poderão ter início já em 2026 ou 2027 e se estender até 2030.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
A estatal LOT está há anos avaliando um grande pedido de aeronaves de até 150 assentos, que é disputado pela Airbus e a Embraer.
A fabricante brasileira, que fornece a maior parte da frota da empresa aérea polonesa (47 dos 86 aviões), tenta vender a família E2 para substituir os E-Jets hoje em operação.
Três E195-E2 são usados pela LOT desde o ano passado em regime de leasing. Eles são configurados com 136 assentos em classe única, mas a Embraer também tem em seu portfólio o E190-E2, que pode levar cerca de 112 passageiros.
Promessas de investimentos locais
A declaração de Saint-Exupéry ocorre dias após a cúpula da Embraer visitar a Polônia para prometer investimentos maciços na indústria local caso vença não só a concorrência da LOT como também conquiste um pedido das Forças Armadas Polonesas pelo cargueiro militar C-390 Millennium.
O executivo da Airbus salientou que o grupo já emprega 850 pessoas e investe US$ 500 milhões por ano na Polônia, em resposta aos gastos de US$ 30 milhões da rival.
Segundo o jornal Le Monde, Guillaume Faury, CEO da Airbus, planeja fazer uma visita à Polônia, como resposta à aproximação da Embraer.
Fabricando na América do Norte, o A220 nasceu do projeto C Series, da Bombardier, e é uma aeronave maior e com maior alcance que os E2.
A LOT, no entanto, não opera nenhum modelo da Airbus, o que significaria um grande investimento em treinamento e suporte para essas aeronaves.
Ambos os concorrentes são equipados com o motor Pratt & Whitney GTF, que tem passado por um extenso recall e deixado várias aeroanves no solo.
