A Airbus revelou nesta terça-feira (10) em sua sede em Toulouse, na França, um “novo” jato comercial: o A220. Esta na verdade é a nova denominação para os jatos da família CSeries da Bombardier, cujo programa de desenvolvimento e vendas agora é controlado pelo grupo europeu. Com a mudança, o modelo CS100 passa a se chamar A220-100 e o CS300, A220-300.
A mudança no nome dos jatos da Bombardier já vinha sendo cogitada pela imprensa internacional nos últimos meses, antes mesmo da finalização do acordo de transferência do programa à Airbus. A negociação entre as fabricantes foi concluída no início deste mês.
“Estamos entusiasmados em receber o A220 na família Airbus e estamos honrados em vê-lo usando suas novas cores pela primeira vez”, disse Guillaume Faury, da presidente da Airbus Commercial Aircraft. “O A220 agora entra em uma nova fase de sua carreira com todos os recursos da Airbus por trás para promover seu sucesso comercial em todo o mundo”.
Com a nova família A220, a Airbus agora também compete na categoria de aviões comerciais com capacidade de 100 a 150 passageiros. Segundo previsões de mercado do grupo europeu, esse segmento vai exigir mais de 6.000 aeronaves nos próximos 20 anos no mundo todo.
A base de comando do A220 continua na fábrica da Bombardier em Mirabel, no Canadá, onde os jatos são produzidos desde 2012. O plano da Airbus, porém, é criar uma segunda linha de montagem da série em sua fábrica no Alabama, nos Estados Unidos, onde já são produzidos modelos das famílias A320 e A320neo.
A estratégia de fabricar o A220 no Alabama é uma forma de evitar as altíssimas taxas de importação dos EUA impostas aos jatos canadenses e entrar no mercado de aviação regional local, hoje o maior do mundo. A medida foi sancionada após a Boeing reclamar dos baixos preços do CSeries, que foram desenvolvidos com subsídios do Canadá. Essa prática, que também já foi motivo de reclamação da Embraer, promove uma concorrência de mercado considerada desleal.
Essa mesma movimentação de integração de famílias de aeronaves e até mudanças de nomes podem acontecer com os aviões comerciais da Embraer. O desenvolvimento e vendas dos jatos desenvolvidos pela fabricante brasileira serão controlados por uma nova divisão comandada pela Boeing. A negociação entre as duas fabricantes deve ser concluída até o final de 2019.
Veja mais: Exército brasileiro amplia encomenda de aviões Sherpa
por que a airbus mudou o nome dos jatos CSeries da bombardier?
Simplesmente porque adquiriu a linha toda.
Mercadologicamente tambem é um nome muito mais forte, tanto que America Latina, Asia, Oceania e Africa não se ve aeronaves bombardier, como se observa airbus